Homem morre durante trilha no Pico dos Marins

Homem morre durante trilha no Pico dos Marins

Homem morre enquanto fazia trilha no Pico dos Marins


Um homem de cerca de 60 anos morreu neste sábado (16) enquanto fazia a trilha do Pico dos Marins, em Piquete, interior de São Paulo. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 13h30 para atender a ocorrência de mal súbito. Segundo o solicitante, a vítima passou mal durante a caminhada, perdeu a consciência e entrou em parada cardiorrespiratória. Pessoas que estavam no local iniciaram manobras de reanimação cardiopulmonar antes da chegada do resgate. Devido à dificuldade de acesso, foi solicitado apoio do helicóptero Águia da Polícia Militar, que chegou à vítima por volta das 15h. A equipe realizou procedimentos de suporte avançado de vida, mas o homem não resistiu. Após a constatação do óbito, a extração do corpo foi feita pela tripulação do Águia. A Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros encaminhou a vítima ao IML (Instituto Médico Legal).


Perigos no Pico dos Marins


O Pico dos Marins, localizado na Serra da Mantiqueira, entre os municípios de Piquete, interior de São Paulo, e Itamonte, interior de Minas Gerais, alcança 2.420 metros de altitude e está entre as montanhas mais conhecidas do país. A trilha até o cume atrai montanhistas de diferentes regiões, mas apresenta riscos que exigem atenção. O percurso é classificado como pesado, com trechos íngremes e necessidade de escalaminhadas em grandes lajes de pedra, onde o avanço requer o uso das mãos.


As condições do terreno aumentam as chances de acidentes, já que quedas em paredões e fendas são possíveis em áreas expostas e escorregadias. Em alguns pontos, o solo solto eleva o risco de escorregões. A orientação ao longo da trilha também é um desafio. A sinalização não é completa, e a neblina frequente pode comprometer a visibilidade, favorecendo a desorientação. Próximo ao cume, a formação rochosa em labirinto confunde quem não possui experiência em navegação. Casos de extravio já foram registrados, incluindo ocorrências com vítimas fatais.


As condições climáticas da região representam outro fator de perigo. O tempo pode mudar de forma repentina, passando de céu aberto para neblina densa, chuva e frio intenso em poucas horas. A precipitação torna as pedras mais lisas e aumenta as chances de queda. Além disso, ventos fortes no alto da montanha podem dificultar a progressão e desequilibrar caminhantes. O trajeto exige resistência física. As subidas longas e o esforço constante podem levar à exaustão, câimbras ou desidratação, especialmente em praticantes sem preparo adequado.


Outro ponto crítico é a ausência de estrutura no percurso. Não há apoio para visitantes, e a comunicação por celular é instável ou inexistente em diversos trechos. Em caso de acidente, o resgate pode levar muitas horas para ser realizado devido às dificuldades de acesso. O ambiente natural ainda inclui riscos adicionais. A presença de animais peçonhentos, como cobras, é possível durante o trajeto.


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