Polícia investiga morte de mãe e bebê em Arapiraca

Polícia investiga morte de mãe e bebê em Arapiraca

Denúncia de negligência em atendimento médico


Familiares de Yasmin Rodrigues da Silva, 16 anos, e da recém-nascida Yris Valentina denunciaram "negligência no atendimento no Hospital Nossa Senhora do Bom Conselho" em Arapiraca. A adolescente, que tinha anemia falciforme, deu à luz em casa após ser liberada do hospital, onde foi atendida.

A gestante foi encaminhada ao Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho em Arapiraca, após entrar em trabalho de parto aos oito meses de gestação. No entanto, mesmo com forte dor e riscos associados à sua condição, foi mandada de volta para casa sem a realização dos exames necessários. "Chegou até o quarto dela, deitou na cama e disse: \"Mãe, a minha filha vai nascer\"", contou Vitória Alves, prima de Yasmin, revelando a tragédia que ocorreu logo em seguida.

A bebê nasceu em casa, mas morreu logo após o parto. Yasmin também faleceu no dia seguinte. A família se sente desamparada e busca justiça. "Foi um pedaço de mim que eu perdi. Não foi só uma vida. Foram duas vidas. Quero Justiça", expressou Maria Iraneide da Silva, tia da gestante.

A Polícia Civil de Alagoas já abriu uma investigação para apurar as circunstâncias em torno desse caso. O Centro de Parto de Lagoa da Canoa se manifestou, afirmando que prestou a assistência necessária, mas que a maternidade liberou a gestante prematuramente. Por outro lado, o Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho não se pronunciou sobre o caso até o momento.

Este não é um incidente isolado. O Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho já enfrentou outras acusações de negligência médica, incluindo a morte de outra mãe e recém-nascida em maio, e casos de troca de bebês em 2022. A comunidade local está em choque e clama por ações efetivas para garantir a segurança na assistência ao parto.

O que esperar de agora em diante?


Com a investigação em andamento, a esperança é que medidas sejam tomadas para evitar que tragédias como essa se repitam. É fundamental que hospitais cumpram protocolos adequados, especialmente em casos de gestantes de alto risco. Esse episódio destaca a urgência de uma revisão das práticas médicas e uma fiscalização mais rigorosa nas instituições de saúde.

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