Gazeta Summit discute a violência contra a mulher em Alagoas

Gazeta Summit discute a violência contra a mulher em Alagoas

Gazeta Summit aborda temas urgentes para o enfrentamento da violência

Palestrantes de instituições especializadas e órgãos públicos se reuniram em rodas de conversa nesta quinta-feira (14).

O Gazeta Summit Mulher está sendo realizado em Maceió, reunindo especialistas e representantes de instituições que atuam em apoio aos direitos das mulheres para discutir o combate à violência de gênero. O encontro busca abordar o enfrentamento através dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), plano da Organização das Nações Unidas (ONU), que destaca ações necessárias para um futuro mais justo na sociedade.

O evento, organizado pela Organização Arnon de Mello, ocorreu no Centro de Inovação de Jaraguá. A proposta é discutir políticas públicas para combater a violência contra a mulher. O diretor-executivo da OAM, Luis Amorim, ressaltou a importância dos debates que visam moldar políticas públicas, ampliar direitos e fortalecer a rede de proteção às mulheres.

"Escolhemos falar sobre violência contra a mulher porque, infelizmente, os números continuam alarmantes. No Brasil, a cada dois minutos, uma mulher é vítima de violência doméstica. Apenas em 2024, mais de 1.200 mulheres foram assassinadas em crimes de feminicídio. Casos recentes, como o de um homem que espancou a namorada com mais de 60 socos no rosto, ou o de uma jovem brutalmente agredida, mostram que a violência está ao nosso redor e é urgente combatê-la", declarou Amorim.

A advogada e presidente do Instituto Justiça de Saia abriu as discussões com uma palestra intitulada "Igualdade de Gênero e Democracia: construindo uma sociedade mais justa para todos". "Esse momento é muito importante para que as mulheres levem suas pautas à visibilidade. Muitas vezes, a questão da violência contra a mulher e o trabalho que cada uma de nós faz são invisíveis e não têm o impacto que deveriam", afirmou.

A delegada Ana Luiza Nogueira, coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, enfatizou a necessidade de se discutir o papel das políticas públicas na proteção feminina antes que as violências ocorram. "É preciso que as políticas públicas atuem antes que a violência se concretize, para proteger a mulher e resguardar sua vida".

Outras sessões de debates foram realizadas, com participação ativa dos presentes que compartilharam relatos e discutiram estratégias para o combate à violência contra a mulher. Um painel sobre "Autonomia Econômica e Justiça Social: oportunidades para mulheres no mundo do trabalho" também destacou a importância da autonomia feminina no mercado de trabalho.