Eduardo Bolsonaro critica sanção dos EUA por Mais Médicos
14/08/2025, 10:31:22Sanções dos EUA e as Consequências para o Brasil
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que a decisão dos Estados Unidos de revogar o visto de brasileiros envolvidos no programa Mais Médicos serve como um "recado" de que ministros e burocratas não estão imunes a possíveis punições por parte do governo americano, liderado por Donald Trump.
Uma Mensagem Clara
Segundo Eduardo, a medida deixa claro que "nem ministros, nem burocratas dos escalões inferiores, nem seus familiares estão imunes. Mais cedo ou mais tarde, todos os que contribuírem para sustentar esses regimes responderão pelo que fizeram – e não haverá lugar para se esconder". Ele também anunciou que seguirá com reuniões em Washington DC.
Contexto do Programa Mais Médicos
O programa Mais Médicos foi estabelecido em 2013 durante o governo de Dilma Rousseff (PT), com o objetivo de levar médicos, principalmente cubanos, a atuar em áreas remotas do Brasil. Os vistos foram revogados na quarta-feira (13), abrangendo "vários funcionários do governo brasileiro e ex-funcionários da Opas [Organização Pan-Americana de Saúde]" considerados cúmplices no que o governo americano classifica como um esquema de trabalho forçado do regime cubano.
Entre os afetados pelas sanções estão Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, que foram importantes na implementação do Mais Médicos. Enquanto Mozart é secretário de Atenção Especializada à Saúde, Kleiman atua na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
Viagem a Washington e Conciliações
Eduardo Bolsonaro está atualmente em Washington buscando conversar com autoridades americanas sobre possíveis sanções adicionais ao Brasil, especialmente em relação à censura e perseguição a apoiadores de seu pai, Jair Bolsonaro (PL). Acompanhado pelo empresário Paulo Figueiredo, a dupla tenta angariar suporte para a punição ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Eduardo enfatizou em nota que as sanções anunciadas pelo secretário de Estado Marco Rubio representam a determinação do governo Trump em combater regimes considerados autoritários. Ele criticou ainda a atuação de Moraes e do presidente Lula, alegando que tentam transformar o Brasil em um regime semelhante ao de Cuba.
Uma Nova Etapa nas Relações Bilaterais
Com as sanções implementadas desde julho, a recente ação dos EUA atinge pela primeira vez membros do Executivo brasileiro. Até agora, apenas ministros do STF tiveram vistos revogados, segundo as políticas direcionadas a Moraes, argumentando-se que ele estaria promovendo uma "caça às bruxas" contra opositores.
Além disso, os EUA também impuseram tarifas sobre produtos brasileiros e revogaram vistos de autoridades de Cuba e de outros países cujas ações foram consideradas cúmplices nas iniciativas médicas cubanas.
Eduardo Bolsonaro continua sua busca por sanções adicionais e se reunirá com autoridades americanas, mesmo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tendo um encontro agendado nesta mesma data, que acabou sendo cancelado.