O legado do rádio em Penedo e a luta de J. Passos

Da doação do prédio pela Prefeitura ao sonho de preservar a história da radiofonia penedense.

O legado do rádio em Penedo e a luta de J. Passos

Em 1956, um garoto de 14 anos adentrou pela primeira vez o prédio doado pela Prefeitura de Penedo, sob a liderança do prefeito Hélio Nogueira Lopes, à Companhia Progresso Rural, do empresário Renê Bertholet. Sem saber, aquele jovem estava prestes a iniciar uma jornada que o tornaria uma das principais vozes da radiofonia alagoana. O ano de 1959 marcaria a estreia da primeira emissora de rádio do interior de Alagoas, que se tornaria um pilar de informação e entretenimento para a comunidade penedense.

Durante décadas, a emissora Rio São Francisco desempenhou um papel crucial na vida dos moradores de Penedo. No entanto, com o avanço da tecnologia e as mudanças no consumo de mídia, a emissora se tornou apenas uma lembrança nostálgica para muitos. O que sobrou daquele tempo áureo são o prédio histórico e alguns equipamentos que, atualmente, estão guardados na Casa do Penedo.

Hoje, J. Passos personifica a luta para que a história da radiofonia penedense não caia no esquecimento. Ele tem se empenhado para transformar o antigo prédio na Praça Jácome Calheiros em um Museu do Rádio, um espaço dedicado a contar a rica trajetória da emissora e a importância do rádio na formação da identidade local.

A iniciativa de J. Passos ganhou força com o apoio do ex-deputado estadual Carimbão, que liderou a emissora por muitos anos. Jota conseguiu com muito esforço resgatar os equipamentos da antiga rádio para que façam parte do acervo do futuro museu.

O poder público municipal demonstrou interesse e prometeu colaborar para que o sonho de J. Passos se concretize. Para os penedenses, a expectativa é grande. O desejo de conhecer e preservar a história do rádio na cidade é um anseio compartilhado por muitos.

Creditos: Professor Fábio Andrey