Empresário nega participação em morte de gari em BH

Empresário nega participação em morte de gari em BH

Introdução

No dia 11 de agosto de 2025, um empresário de 47 anos foi preso em Belo Horizonte (MG), suspeito de ter assassinado o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos. O homem, que alegou não ter envolvimento no crime, prestou depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), onde apresentou sua versão dos fatos.

A defesa do empresário

O delegado Evandro Radaelli, que está à frente das investigações no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), revelou em entrevista coletiva que o empresário afirmou ter saído de sua residência no dia do crime e seguido para sua empresa, localizada em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde, segundo ele, trabalhou normalmente. Apesar de ter enfrentado um trânsito intenso, o empresário negou qualquer intercorrência que o envolvesse no crime.

Detalhes do depoimento

Em seu depoimento, o suspeito detalhou o restante do seu dia até ser preso horas depois, em uma academia de luxo na capital mineira. Contudo, o delegado informou que várias testemunhas reconheceram o empresário como o responsável pelo crime. Algumas delas conseguiram até fornecer o número da placa do seu veículo aos policiais que iniciaram as investigações.

Reconhecimento e testemunhas

O carro de luxo que o empresário dirigia foi captado por câmeras e radares próximos ao local do crime. Testemunhas relataram que o autor do disparo estava agressivo e alterado. "Foi uma briga de trânsito, porque o caminhão de lixo passava por uma rua com veículos estacionados dos dois lados, ou seja, era preciso esperar. O suspeito, que vinha atrás, tentando ultrapassar, nervoso, teve uma discussão rápida com a motorista do caminhão. Ela fez uma manobra e deu passagem. Logo que ultrapassou o caminhão, ele teria parado o carro, descido, sacado a arma e atirado, acertando o Laudemir", descreveu o delegado Radaelli.

Prisão e audiência

Após a prisão, o empresário deve passar por audiência de custódia, conforme divulgado pelo delegado. A Polícia Civil já protocolou um pedido para que sua prisão em flagrante seja convertida em prisão temporária, considerando os crimes de ameaça e homicídio qualificado, alegando motivo fútil e uso de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima.

Investigações adicionais

A conduta da esposa do empresário, que é delegada, também está sendo investigada. A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um procedimento disciplinar e um inquérito policial para apurar sua conduta. A delegada informou que não tinha conhecimento sobre qualquer envolvimento do marido no crime, bem como afirmou que ele não tinha acesso às armas mantidas em sua residência. Uma das armas, de propriedade particular da delegada, foi apreendida para perícia.

Sepultamento da vítima

Laudemir de Souza Fernandes foi sepultado no Cemitério Bom Jesus, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na tarde do dia 12 de agosto de 2025. O caso continua sendo investigado pelas autoridades competentes.

Conclusão

Casos como esse ressaltam a importância do trabalho policial minucioso e isento para que todos os aspectos da investigação sejam esclarecidos. A sociedade aguarda uma resolução justa para esta tragédia que envolveu a vida de um trabalhador. Continue acompanhando nosso blog para mais informações sobre este e outros casos relevantes.