Sindicato Contesta Versão da BASF Sobre Vazamento
11/08/2025, 19:36:41Sindicato rebate nota da BASF
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Químicos de Guaratinguetá, Rozendo Sansevero, contestou a nota divulgada pela BASF sobre o estrondo ocorrido na sexta-feira (8) na planta da Styropek, instalada no complexo químico da companhia na cidade.
Segundo Sansevero ao Portal iG, a reação química em um reator da unidade mexicana fugiu do controle após a adição de peróxido, produto que provoca a reação. Ele afirmou que a válvula de segurança foi acionada para aliviar a pressão, liberando gases na atmosfera, e que a versão da empresa diverge dos efeitos percebidos pela comunidade.
A BASF informou, em nota, que o procedimento foi adotado para garantir a segurança operacional e que houve liberação de vapor de água e de um produto com odor característico, sem toxicidade. A empresa negou risco à saúde e ao meio ambiente e afirmou que o som ouvido foi resultado do acionamento de um dispositivo de segurança, e não de uma explosão.
Efeitos na comunidade local
Sansevero, no entanto, relatou que moradores de bairros próximos e até de Lorena sentiram irritação nos olhos e nas vias respiratórias. “A comunidade que mora em volta da fábrica sofreu desconforto, diferente da nota que a BASF soltou. A sociedade e os meios de comunicação conhecem a BASF do portão para dentro; do portão para fora, a nossa realidade é outra”, declarou.
Histórico de ocorrências
O dirigente sindical acrescentou que não é a primeira ocorrência do tipo na mesma planta e que o sindicato aguarda apuração para saber se a causa está relacionada à matéria-prima ou a erro operacional. Ele afirmou que o tema será tratado em reunião mensal de segurança com a empresa.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para verificar a situação e não constatou ocorrências decorrentes do procedimento. O complexo químico de Guaratinguetá reúne diversas empresas do setor, entre elas a BASF e a Styropek, que produzem insumos para a indústria.