Motta afirma que não há clima para anistia ampla
11/08/2025, 20:30:13Motta fala sobre a anistia ampla e seus desafios
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), discutiu, em entrevista à revista Veja, a falta de um ambiente favorável entre os deputados para uma anistia "ampla, geral e irrestrita". Essa expressão é frequentemente utilizada por bolsonaristas para referir-se a uma medida que liberaria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de uma condenação pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Motta comentou: "O que eu sinto, do contato que tenho com os parlamentares, é que há uma certa dificuldade com anistia ampla, geral e irrestrita. Até porque nós tivemos o planejamento de morte de pessoas, isso é muito grave. Não sei se há ambiente para anistiar quem agiu dessa forma, penso que não". Essa declaração foi feita no dia 11 de agosto, destacando a seriedade da questão.
A importância do debate sobre a anistia
Além de expressar sua visão sobre a dificuldade da anistia ampla, Motta ressaltou que a proposta "deve ser amplamente debatida". Ele enfatizou que tanto o conteúdo da anistia quanto a possibilidade de sua votação no plenário precisam ser discutidos. Para que uma proposta como essa seja pautada, é necessário que haja uma maioria construída no colégio de líderes, responsável por decidir as votações semanais na Câmara.
"Quando tiver uma maioria construída, jamais essa presidência irá obstruir as pautas de votação", afirmou Motta, prometendo que sempre buscaria trazer pautas de consenso ao colégio de líderes. Isso demonstra sua intenção de manter um diálogo entre diferentes partidos, apesar das divergências existentes.
Cenário político e pressões
Motta observou que, na semana anterior a essa entrevista, houve uma mudança nas Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, dominadas por bolsonaristas, o que levou à perda de apoio das pautas da oposição. Isso ocorreu porque mais de 400 parlamentares não concordam com esse novo formato de obstrução política.
Como resultado desse cenário, o centrão e o PL aliaram-se para pressionar que a mudança de foro e uma proposta para proteger congressistas contra ações do STF sejam votadas ainda nesta semana. Essa movimentação demonstra a intensidade das disputas políticas atuais e o desejo de alguns grupos de estabelecerem suas agendas no Congresso.
Críticas a Eduardo Bolsonaro
Motta também fez críticas a Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está atualmente licenciado e realizando sua campanha a partir dos EUA. Ele apontou que a atitude de Eduardo, ao solicitar que Donald Trump pressione o Brasil em favor de Jair Bolsonaro, "não pode ser admitida".
Segundo Motta, "Não posso concordar com a atitude de um parlamentar que está fora do país, trabalhando muitas vezes para que medidas tragam danos à economia do país [de origem]". Ele reforçou que Eduardo poderia defender sua opinião, mas enfatizou que isso não deveria incluir ações contrárias aos interesses do Brasil.
"Quando isso acontece, eu penso que nem os seus eleitores, nem os seus apoiadores concordam", concluiu Motta, indicando que esse comportamento será tratado no Conselho de Ética.
Conclusão
A declaração de Motta sobre a anistia e o cenário político atual reflete a complexidade das questões que envolvem a política brasileira. A questão da anistia, especialmente em relação a Jair Bolsonaro, continua sendo um tema delicado e controverso que exige um amplo debate entre os parlamentares. É fundamental que os cidadãos fiquem atentos às movimentações no Congresso e participem desse debate fundamental para a democracia.
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