Deputados mantêm ocupação do Plenário após reunião sem acordo

Deputados mantêm ocupação do Plenário após reunião sem acordo

Deputados mantêm ocupação do Plenário após reunião sem acordo

Parlamentares da oposição seguem acampados na Câmara, apesar de tentativa de negociação com o presidente da Casa. Deputados da oposição decidiram continuar a ocupação do Plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados, em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi mantida mesmo após reunião com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos), na noite desta quarta-feira (06), classificada como "improdutiva" pelo deputado Zucco (PL).

Durante discurso, Zucco afirmou que o grupo permanecerá no local "até que haja uma definição" sobre as pautas defendidas. "Não tem Dia dos Pais, não tem fim de semana. Iremos permanecer no plenário Ulysses Guimarães, representando o que a gente acredita: justiça e democracia, que já não existem neste país", declarou. Ele também cobrou que o Congresso vote a proposta de anistia a investigados pelos atos de 08 de janeiro. "Só sairemos deste plenário após a anistia pautada", completou.

Colégio de Líderes decide retomar sessões presenciais

Mais cedo, o Colégio de Líderes se reuniu na residência oficial da presidência da Câmara e decidiu realizar sessão presencial ainda nesta noite, às 20h30. Apesar disso, após mais de uma hora e meia a sessão ainda não iniciou. A reunião foi comandada por Hugo Motta e contou com a presença de 25 parlamentares, inclusive da oposição.

O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (PT), defendeu a retomada das atividades no Plenário, chamando a ocupação de "chantagem". "Não dá para achar isso normal, de querer parar a atividade parlamentar à força. É preciso restabelecer o trabalho legislativo", disse. Na mesma linha, o deputado Alencar Santana (PT), vice-líder do governo, afirmou que a decisão dos líderes representou respeito à instituição. "Não dá para ter qualquer tipo de ameaça ao Parlamento", afirmou.

Ocupação pode resultar em punições

Em nota, a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara informou que ações que impeçam o funcionamento das atividades legislativas podem levar à abertura de processo no Conselho de Ética. O artigo 15, inciso XXX, do Regimento Interno prevê suspensão cautelar do mandato por até seis meses, por quebra de decoro parlamentar.

Esse ambiente de tensão na Câmara dos Deputados levanta questões não só sobre a legalidade da ocupação, mas também sobre as implicações políticas que ela poderá gerar. O acampamento dos parlamentares da oposição, portanto, se torna um indicativo do clima de polarização crescente em nosso sistema político.

Conclusão

Os desdobramentos dessa ocupação nos próximos dias podem influenciar a agenda legislativa do Brasil de maneira significativa. É fundamental acompanhar esses acontecimentos de perto, pois eles refletem a complexidade da política nacional. Se você está interessado nos desdobramentos dessa situação, continue nos acompanhando para mais informações.