Morador de rua alagoano executado por PMs em SP

Tragédia em São Paulo

Jeferson de Souza, um jovem de 24 anos que vivia nas ruas, foi tragicamente executado por policiais militares durante uma abordagem em São Paulo. O crime ocorreu no dia 13 de junho, no Viaduto 25 de Março, e foi gravado por câmeras corporais dos agentes. A abordagem violenta deixou a família e a comunidade em choque.

Detalhes do crime

De acordo com as imagens obtidas pela TV Globo, os policiais afirmaram erroneamente que Jeferson havia reagido à abordagem. Na realidade, as gravações contradizem essa alegação, mostrando que ele estava calmo e não oferecia resistência. Os PMs envolvidos, Alan Wallace dos Santos Moreira e Danilo Gehring, estão presos e enfrentarão acusações de homicídio doloso, falsidade ideológica e obstrução da Justiça.

A dor da família

A irmã de Jeferson, Micaeli Soares, lamentou profundamente a perda do irmão em entrevista ao SP2, revelando que ele tinha se mudado para a capital paulista em busca de uma vida melhor. “Ele tinha o sonho de ser jogador. Muitas vezes comentou comigo que gostaria de voltar para Alagoas e sair dessa vida”, contou a irmã. A dor da perda é insuportável, e Micaeli expressou seu desespero ao questionar o que poderia ter levado à morte brutal de seu irmão.

Questões a serem esclarecidas

Após a abordagem, a defesa dos policiais disse que a ação foi uma legítima defesa, mas as evidências em vídeo mostram outra realidade. Jeferson foi abordado enquanto estava em uma árvore e foi levado para debaixo do viaduto. Durante a abordagem, ele estava claramente em uma posição vulnerável. Uma hora após a abordagem, o vídeo mostra que os policiais tentaram cobrir suas ações ao desviar a câmera em um momento crucial, quando Jeferson foi fatalmente atingido.

Reações e consequências

O coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar de São Paulo, descreveu a morte como “inaceitável” e “vergonhosa” e afirmou que as imagens contradizem a versão apresentada pelos policiais envolvidos. Ele enfatizou que Jeferson estava interagindo pacificamente com os policiais antes de ser morto com disparos de fuzil.

Os dois policiais permanecem detidos no Presídio Militar Romão Gomes, onde estão aguardando o próximo passo do processo judicial. A comunidade e a sociedade civil aguardam respostas e justiça para mais esse caso de violência policial.