Até que ponto vale a pena abraçar ao inimigo para se chegar ao poder?

Volto-me então o Rei Salomão: "a boca que traz também leva"!

Até que ponto vale a pena abraçar ao inimigo para se chegar ao poder?

Aprendi com um dos políticos mais sagazes da minha geração que pode com ele conviver, Moacir Andrade, que ao visitar um desafeto nem a ele nem a mim, era permitido ferir ao ambiente mesmo que hostil fosse. O inimigo dele poderia não ser o meu, ou vice-versa.

Entretanto, outra lição me foi dada pelo Moacir Andrade: o inimigo que se abraça para assim se chegar ao poder, será o primeiro a lhe atacar. Portanto, inimigo será sempre inimigo seja em qual contexto for.

E terceira lição do mestre dos discursos da oposição na ALE de Alagoas, foi: conviva com todos; porém, nunca durma perto deles. Se as reuniões forem à noite, durma sempre em seu refúgio. Moacir não gostava de dormir fora de casa. 

Creditos: Professor Raul Rodrigues