Terremoto de 8,8 na Rússia fica entre os mais fortes
30/07/2025, 09:35:34Terremoto histórico na Península de Kamchatka
Um terremoto de magnitude 8,8 atingiu a região submarina próxima à Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, na noite desta terça-feira (29), por volta das 20h24 (horário de Brasília). Este evento se destaca por ser um dos mais fortes já registrados na história. O epicentro foi localizado a cerca de 125 km da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky, com profundidade estimada em 20 km, segundo informações do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
O tremor gerou alertas de tsunami em vários países do Pacífico, incluindo Rússia, Japão, Chile, Alasca e Havaí. Com um potencial destrutivo elevado, o sismo causou deslocamento vertical do fundo do oceano, intensificando o risco de tsunamis. Com base nos dados preliminares do USGS, o terremoto de Kamchatka empata com outros eventos sísmicos de magnitude 8,8, como os registrados em 1906 no Equador e em 2010 no Chile, ocupando assim o sexto lugar na lista dos mais severos terremotos já registrados.
Desde o sismo de 9,1 que atingiu o Japão em 2011, nenhum tremor de tamanha intensidade havia sido registrado. Vale ressaltar que a região de Kamchatka já foi cenário de um terremoto de 9,0 em 1952, confirmando seu histórico de atividade sísmica intensa.
Este terremoto é classificado como um megaterremoto, ocorrendo devido ao deslizamento da placa tectônica do Pacífico sob a placa de Okhotsk. Esse tipo de evento é conhecido por provocar tremores excepcionalmente violentos, com grande potencial para gerar tsunamis.
O maior terremoto já registrado aconteceu em 22 de maio de 1960, no sul do Chile, na região de Biobío. Com uma magnitude de 9,5, este evento teve epicentro próximo à cidade de Valdivia e causou consequências devastadoras, resultando em dezenas de milhares de mortos e milhões de desabrigados. O solo afundou mais de dois metros em algumas áreas, e Valdivia foi parcialmente inundada.
As agências de emergência estão monitorando a atividade no mar e lembram que os alertas permanecem válidos até que novas medições de ondas confirmem a estabilização do oceano. Especialistas advertem que tsunamis podem se manifestar em múltiplas ondas, onde a segunda ou terceira onda pode ser mais intensa do que a primeira. O evento registrado nesta terça-feira é o mais intenso desde 2011 e reforça os riscos permanentes ao longo do Círculo de Fogo do Pacífico.