Saiba como ajudar alguém com transtorno de acumulação

O que é o transtorno de acumulação?

O transtorno de acumulação compulsiva é caracterizado pela dificuldade de descartar bens, como objetos e utensílios, o que resulta em uma grande quantidade de entulho que pode obstruir a passagem nos cômodos da casa. Esse acúmulo excessivo pode afastar amigos e familiares, levando a pessoa a um isolamento social cada vez maior.

Em Maceió, a Secretária Municipal de Saúde (SMS) tem se mobilizado para acolher pessoas que sofrem desse transtorno. O intuito é criar vínculos e facilitar o acesso a um tratamento adequado, que pode ser solicitado tanto por familiares quanto pela própria pessoa acumuladora.

Impactos na vida social

Segundo a Vigilância Sanitária, apenas neste ano foram registradas 12 denúncias na capital, resultando na retirada de toneladas de entulho de residências afetadas. Esse retrato ilustra como o transtorno pode gerar consequências severas para a vida social dos acumuladores e também para aqueles que convivem com eles.
“O transtorno da acumulação é um transtorno complexo e os pacientes acumulam tanto que os ambientes da casa ficam inacessíveis. É perigoso para essas pessoas, que tendem a se isolar muito, pois suas famílias passam a criticar e brigar,” explicou a psiquiatra Jordana Farias em uma entrevista ao programa Bom Dia Alagoas.

Como procurar ajuda?

A SMS de Maceió oferece um acompanhamento ambulatorial através das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e do Centro de Atenção Psicossocial (Caps). A assistente social do Caps, Karla Rocha, destaca a importância do convencimento para que o acumulador reconheça a necessidade de tratamento. “Nós primeiro fazemos o convencimento, especialmente das pessoas que estão em crise, para só depois poder dar início ao tratamento,” afirmou.
Para mais informações sobre como obter atendimento, os interessados podem ligar para o número (82) 3312-5400.

Conclusão

A acumulação compulsiva é um desafio que impacta a vida social e a saúde das pessoas envolvidas. Se você conhece alguém que passa por essa situação, ajude a buscar um tratamento. Não hesite em procurar as autoridades locais que podem oferecer o suporte necessário. O primeiro passo é sempre o mais difícil, mas com apoio, é possível melhorar a qualidade de vida de quem sofre com esse transtorno.