PF investiga doadora de campanha de Tarcísio por lavagem de dinheiro

Investigação da PF sobre doadora

Recentemente, a Polícia Federal iniciou uma investigação sobre Maribel Schmittz Golin, uma das principais doadoras da campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) nas eleições de 2022, por suspeita de lavagem de dinheiro relacionada ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Maribel doou R$ 500 mil para a campanha do atual governador de São Paulo, e sua nomeação foi mencionada em pelo menos quatro transferências financeiras com Willian Barile Agati, identificado como integrante da facção criminosa. Essa investigação é um desdobramento da Operação Mafiusi, que foi deflagrada em dezembro do ano passado.

Posicionamento da assessoria

A assessoria de Tarcísio declarou que o governador teve mais de 600 doadores e não possui vínculo com Maribel, além de não ter conhecimento sobre quaisquer condutas relacionadas. O montante doado por Maribel foi o sexto maior entre os financiadores da campanha. Em uma declaração à imprensa, Maribel negou qualquer envolvimento com os crimes investigados e reiterou que não tem associação alguma com atividades ilícitas.

Rastreamento financeiro da PF

A investigação concentra-se na ligação de Maribel com um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que envolve o envio de cocaína do PCC para a Europa, em colaboração com a 'Ndrangheta, uma máfia italiana. O relatório da PF menciona Maribel na lista de investigados, e as investigações revelaram movimentações financeiras suspeitas, incluindo transações relacionadas à venda de imóveis por valores muito superiores ao seu valor de mercado.

Implicações e futuros desdobramentos

Diante das evidências, a Polícia Federal ampliou o rastreamento das transações financeiras de Maribel, que possui quatro empresas, todas sem funcionários registrados, mas que movimentaram mais de R$ 1,4 bilhão entre 2020 e 2022. Apesar das doações à campanha não serem mencionadas na investigação, o caso continua a ser analisado, e as movimentações financeiras estão sob forte observação pela PF.

Reações do governo

A entrevista realizada com o Palácio dos Bandeirantes buscou esclarecimentos sobre o conhecimento de Tarcísio em relação às doações, bem como sobre a origem dos recursos. Em resposta, a campanha reafirmou que todos os doadores foram devidamente registrados e que não havia pendências relacionadas às contas apresentadas à Justiça Eleitoral.
As investigações da PF seguem em andamento, com a Justiça analisando as denúncias contra Barile e outros envolvidos no esquema de tráfico e lavagem de dinheiro.