Demissões em massa marcam crise no Consell da República
28/07/2025, 09:38:40Introdução à Crise do Consell per la República
A crise profunda no Consell per la República, criado em 2018 pelo ex-presidente Carles Puigdemont, se intensifica com a renúncia de mais de 13 delegados territoriais. Esses delegados acusam a nova liderança de Jordi Domingo de "irregularidades e más práticas". Os resignantes criticam a falta de um "plano de governo" e afirmam que a nova direção não representa os ideais do independentismo.
Ato de Renúncia e suas Consequências
Em um comunicado oficial, a atual liderança reconheceu as demissões e observou que muitos dos que saíram estavam a serviço de candidaturas derrotadas nas últimas eleições internas. Este movimento gerou a saída de vários membros de comitês e juntas diretoras locais, refletindo uma desconfiguração manifesta da entidade que defende a independência e o republicanismo.
Cidades como Barcelona, assim como regiões como Segrià e Baix Camp, foram impactadas pelas renúncias. Os membros manifestaram-se em conjunto, expressando que estão cansados de reclamar sobre as irregularidades sem serem ouvidos, sendo tratados com autoritarismo e falta de transparência. Os demissionários do Consell refutam a ideia de que suas saídas são fruto de uma derrota mal digerida nas eleições internas, reafirmando que a decisão é uma resposta a ações que desfiguram a entidade. "Não queremos ser cúmplices da degeneração do Consell", afirmaram.
Gestão Atual e Planos Futuros
A gestão atual, sob a liderança de Domingo, anunciou que iniciará processos para preencher as lacunas nos órgãos locais e um plano de governo que busca efetivar a independência. A nota divulgada enfatiza a preservação da integridade do projeto diante de qualquer tentativa de interferência externa.
Contexto Histórico da Crise
A situação atual do Consell é uma continuação de um processo de desestabilização que começou com a saída de Puigdemont da liderança no outono passado. Antes dessa mudança, ele e Lluís Llach tiveram desentendimentos sobre como o partido Junts deveria lidar com negociações políticas, especialmente no que se refere à investidura de Pedro Sánchez em 2023. Em fevereiro, após a retirada de Puigdemont, um polêmico processo eleitoral interno resultou na vitória de Jordi Domingo contra a ativista Montserrat Duran e o ex-conselheiro Toni Comín, levantando questões sobre a regularidade do pleito e apontando o uso inadequado de recursos do Consell.
Palavras Finais
A crise no Consell per la República ressalta os desafios que a liderança atual enfrenta em manter a coesão e a representação dos ideais independentistas. O futuro da entidade dependerá de sua capacidade de responder às críticas e de restaurar a confiança entre seus membros. É importante acompanhar como essa situação se desenrolará e quais medidas serão tomadas pela nova gestão para resolver as questões levantadas pelos delegados que renunciaram.