Mourão acredita que se fosse vice, Bolsonaro seria reeleito

Declarações de Mourão sobre a eleição de 2022

O general da reserva e ex-vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), compartilhou recentemente sua perspectiva sobre a eleição de 2022. Ele declarou que, se não tivesse sido preterido por Walter Braga Netto como candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente teria sido reeleito. Mourão sugeriu que, caso tivesse participado da chapa, a situação atual que Bolsonaro e Braga Netto enfrentam poderia ser muito diferente.

A situação atual de Bolsonaro e Braga Netto

Atualmente, tanto Jair Bolsonaro quanto Walter Braga Netto enfrentam processos legais por supostas tentativas de golpe. Mourão comentou sobre a dura realidade vivida por ambos, destacando que nenhuma das agruras legais enfrentadas por eles existiria se ele tivesse sido o vice. "Quando o Bolsonaro escolheu, não quis mais que eu fosse o vice dele, ele deixou de me chamar para reunião ministerial", disse Mourão.

A importância da escolha de vice

A declaração de Mourão destaca a importância de uma escolha eficaz de candidatos em uma chapa eleitoral. Ele expressou sua convicção de que sua presença como vice poderia ter contribuído para uma vitória em 2022. Em um tom bem-humorado, Mourão afirmou: "Nada, não tinha acontecido nada, estava todo mundo feliz da vida, pô" ao ser questionado sobre o hipotético resultado caso ele tivesse sido vice.

Relação com Braga Netto e outros generais

Na mesma conversa, Mourão foi questionado sobre a prisão de Braga Netto, a qual ele considera injusta, afirmando que não houve obstrução da Justiça por parte do ex-ministro. Mourão, que tem um longo histórico de amizade com Braga Netto, aproveitou para enfatizar as qualidades do amigo, lembrando que suas famílias são próximas e que ambos têm uma amizade de mais de 40 anos.

Depoimento ao STF e sua postura

Mourão foi chamado a prestar depoimento ao STF, onde afirmou que nunca ouviu falar de planos de ruptura institucional durante suas reuniões de transição de governo com Bolsonaro e outros generais. Na audiência, ele disse ser testemunha e que considera que não teria participado de qualquer tentativa de golpe. Ele fez elogios a outros generais, como Augusto Heleno, mantendo uma postura amigável em relação a seus colegas militares.

A relação com Bolsonaro

Em contraposição à sua relação amigável com Braga Netto, Mourão tem uma relação mais tensa com Bolsonaro, evidenciada por críticas mútua. Mourão comentou em 2021 que a relação com o ex-presidente era complicada e que nunca houve uma conversa franca para resolver os conflitos que ocorreram durante o mandato. "É óbvio que eu teria tido uma conversa com ele mais detalhada a respeito do meu papel, para evitar os choques que ocorreram e que não precisavam ter ocorrido", refletiu Mourão.

Visitas a Braga Netto

Em abril, Mourão foi um dos senadores autorizados a visitar Braga Netto em sua detenção. Durante a visita, eles conversaram sobre assuntos leves, mas Mourão não se aprofundou nas questões judiciais que envolvem o ex-ministro. Ele fez um gesto amigável ao levar um livro sobre liderança como presente, que acredita que pode elevar a moral do amigo preso.

Conclusão

A reflexão de Mourão sobre sua possível candidatura a vice revela não apenas seu desejo de ser visto como um político relevante, mas também questões mais amplas sobre as dinâmicas políticas no Brasil. É interessante notar como o passado pode reverberar no presente e moldar os discursos de figuras públicas. O que você pensa sobre as declarações de Mourão? Acredita que sua presença teria mudado o resultado da eleição?