Moradores contestam indenização de desapropriação no Barro Duro

Moradores contestam indenização de desapropriação no Barro Duro

Desapropriação no Barro Duro: O Que Está Acontecendo?


Um decreto de desapropriação foi publicado em novembro do ano passado e a Procuradoria Geral do Estado é o órgão responsável por conduzir todo o processo. Neste contexto, moradores do Barro Duro, localizado em Maceió, expressam suas preocupações quanto ao valor da indenização proposto para que deixem seus lares. Cerca de 400 pessoas residem nesta área, que será submetida a desapropriação para permitir a ampliação do Fórum de Maceió. De acordo com os residentes, a quantia oferecida está bem abaixo das avaliações de mercado.


Valor Proposto e Reivindicações dos Moradores


Mais de 40 imóveis estão na lista de desapropriação para a expansão do Fórum do Barro Duro. A quantia dirigida para a indenização, originária do orçamento de modernização do poder judiciário, foi questionada pelos moradores, que alegam que o valor está injustamente subestimado.


A área desapropriada compreenderá 43 lotes entre a Rua São José e a Rua Santo Antônio, e os moradores devem receber algo em torno de R$ 3 mil por metro quadrado, enquanto o valor de mercado gira em torno de R$ 7 mil. "Se a gente for olhar o valor de mercado o metro quadrado aqui vai para mais de R$ 7 mil. A gente está pleiteando que o valor seja de pelo menos R$ 3 mil por metro quadrado. A gente só quer o valor devido para sair daqui e poder comprar as nossas casas", relatou Kamila Milena Lopes, uma das moradoras afetadas.


Avaliação dos Imóveis e Preocupações dos Moradores


Conforme informações da procuração, a avaliação de propriedade foi baseada em projetos obtidos da Prefeitura de Maceió, informações coletadas diretamente durante a vistoria dos imóveis e dados de mercado fornecidos por diversos agentes imobiliários, além de imagens capturadas por meio de drones. Contudo, os moradores expressam sua insatisfação alegando que não houve uma visitação adequada nos imóveis. Valfredo Marinho, outro morador, comentou: "Eles não estão com interesse de fazer a avaliação, de entrar nos imóveis".


Este cenário levanta um debate importante sobre questões de desapropriação e o valor justo de indenização, o que merece atenção da comunidade e das autoridades quanto aos direitos dos cidadãos que habitam a área afetada.