Suplente de Alcolumbre é investigado por desvios em licitações

Suplente de Alcolumbre é investigado por desvios em licitações

A Operação Route e as Investigações

A Polícia Federal deflagrou a Operação Route nesta terça-feira, 22, visando desvios no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Amapá. Dentre os investigados, está o empresário Breno Barbosa Chaves Pinto (União Brasil-AP), que é o segundo suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). De acordo com a PF, Breno é suspeito de utilizar o nome do senador para "obter vantagens ilícitas".

Nota de Davi Alcolumbre

Importante ressaltar que Alcolumbre não está sendo investigado neste caso. Em uma declaração oficial, ele se distanciou das empresas mencionadas e da atuação do seu segundo suplente. Ele ressaltou que "todos os envolvidos devem prestar os devidos esclarecimentos à Justiça, respeitado o devido processo legal".

O Esquema de Desvios

A defesa de Breno Chaves Pinto ainda não respondeu às alegações. O Dnit informou que "as instâncias de integridade da autarquia estão apurando os fatos" e que "repudia qualquer prática fraudulenta ou ato de corrupção".

Breno foi alvo de buscas em sua residência, e a investigação está apurando um desvio estimado em R$ 60 milhões em contratos relacionados à manutenção e recuperação da BR-157.

A Influência de Breno Chaves Pinto

Conforme afirmou o juiz da 4.ª Vara Federal do Amapá, Jucelio Fleury Neto, a hipótese é que Breno utilizava sua proximidade com Alcolumbre para, sob o pretexto de influenciar atos de agentes públicos, "obter vantagens indevidas". Ele é considerado uma figura central nesse esquema criminoso.

Afastamento e Medidas Adicionais

O superintendente do Dnit no Amapá, Marcello Vieira Linhares, que também está envolvido, foi afastado de seu cargo. A defesa dele não foi localizada para comentários.

Por ordem da 4.ª Vara Federal do Amapá, a Polícia Federal cumpriu um total de 11 mandados de busca e apreensão. Em um dos locais alvo da operação, em Minas Gerais, foram encontrados três carros Porsche, treze obras de artistas renomados como Guignard e Portinari, além de joias e relógios de alta 'categoria'. No Amapá, os policiais descobriram um fuzil, três pistolas e munições. Também foi determinado o bloqueio de bens e valores dos investigados, totalizando R$ 8 milhões.

Essas informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.