Investigação da PF sobre uso indevido do nome de Alcolumbre
24/07/2025, 04:38:12A Operação Route da Polícia Federal
A Polícia Federal deflagrou a Operação Route nesta terça-feira, 22, com foco em desvios no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Amapá. Um dos alvos da investigação é o empresário Breno Barbosa Chaves Pinto, do União Brasil-AP, que é o segundo suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também do União Brasil-AP. Segundo a PF, Breno é suspeito de ter usado o nome do senador para "obter vantagens ilícitas".
A relação de Alcolumbre com o caso
Importante ressaltar que Davi Alcolumbre não está sendo investigado. Em uma nota, ele declarou que não possui qualquer ligação com as empresas mencionadas ou com as ações do seu segundo suplente. "Todos os envolvidos devem prestar os devidos esclarecimentos à Justiça, respeitado o devido processo legal", afirmou o senador. A defesa de Breno Chaves Pinto, até o momento, não se manifestou.
Posição do Dnit
A respeito das investigações, o Dnit informou que "as instâncias de integridade da autarquia estão apurando os fatos" e que "repudia qualquer prática fraudulenta ou ato de corrupção".
Detalhes da investigação
Breno Chaves Pinto foi alvo de buscas nesta operação, que investiga um possível desvio de R$ 60 milhões em contratos e licitações voltados à manutenção e recuperação da BR-157. "A hipótese é de que Breno utilizava sua proximidade com o senador Alcolumbre para, sob o pretexto de influir em atos de agente público, obter vantagens indevidas", relatou o juiz da 4.ª Vara Federal do Amapá, Jucelio Fleury Neto. Ele destacou que Breno é visto como uma figura central no esquema criminoso, utilizando sua influência política por ser o segundo suplente do senador.
Desdobramentos e apreensões
O Superintendente do Dnit no Amapá, Marcello Vieira Linhares, foi afastado do cargo e apontado como "o vértice público do esquema". A defesa dele não foi localizada para comentários. Sob determinação da 4.ª Vara Federal do Amapá, a Polícia Federal executou 11 mandados de busca e apreensão. Em uma das propriedades de um dos investigados, em Minas Gerais, foram apreendidos três carros Porsche, 13 obras de arte de Guignard e Portinari, além de joias e relógios. No Amapá, policiais encontraram um fuzil, três pistolas e munições. Também foi decidido o bloqueio de bens e valores dos investigados em um total de R$ 8 milhões.
As informações mencionadas são do jornal O Estado de S. Paulo.