Captura de peixe-leão venenoso alerta para riscos na Bahia

Captura de peixe-leão venenoso alerta para riscos na Bahia

Peixe-leão: uma espécie invasora e venenosa

Um peixe-leão, espécie invasora e venenosa originária da região Indo-Pacífica, foi capturado no sábado (19) por um pescador mergulhador em Taipu de Dentro, no sul da Bahia. O encontro com o peixe levou à mobilização de instituições ambientais como UESC, IBAMA e ICMBio para monitoramento e contenção do animal, cuja presença representa ameaça à biodiversidade local e à segurança das pessoas.

Alerta para a biodiversidade local

O registro foi feito em um estuário, área onde o rio encontra o mar, o que acende alerta para a possível disseminação da espécie em outros ambientes costeiros brasileiros. O peixe-leão (Pterois volitans) já havia sido visto anteriormente no estado, em Morro de São Paulo, no início do ano. A bióloga Stela Furlan, que atua na preservação dos recifes de Taipu de Fora, foi informada do caso e reforçou a necessidade de ação imediata, segundo publicação da organização Mergulho Consciente. “Precisamos agir rápido, informar a população e proteger nossos recifes”, alerta Furlan.

Características e riscos para a saúde

Espécie de rápido avanço e alta toxicidade, o peixe-leão é considerado exótico e invasor no Brasil, pois não possui predadores naturais em nossas águas. Ele se alimenta de forma intensa, podendo consumir até 30 peixes a cada 20 minutos, e se reproduz rapidamente. Uma única fêmea é capaz de liberar cerca de 30 mil ovos por ciclo, com novas crias surgindo a cada 26 dias. O animal adulto pode chegar a 47 centímetros e possui 18 espinhos venenosos. Em caso de contato com a pele humana, as toxinas injetadas podem causar necrose, febre, náuseas e até convulsões. Segundo o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), quem for ferido deve buscar atendimento médico imediatamente.

Medidas de contenção e informação

A organização Mergulho Consciente informou que uma força-tarefa está em andamento, com participação de pesquisadores da Bahia. Além disso, a prefeitura elaborou um guia com orientações sobre o que fazer em casos de avistamento ou captura do peixe. A recomendação das autoridades é de não tocar no animal, registrar o local onde ele foi encontrado e informar os órgãos ambientais responsáveis.