Bolsonaro expressa admiração por Trump e discute tarifas

Admiração por Trump e tarifas comerciais

(FOLHAPRESS) - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou sua paixão pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma declaração feita nesta terça-feira (15). Durante uma entrevista ao site Poder360, Bolsonaro manifestou o desejo de ter uma conversa com Trump sobre as tarifas de 50% que serão impostas sobre todos os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

Não só isso, ele ressaltou que ninguém está contente com essa tarifa e negou qualquer envolvimento pessoal ou de seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), na situação. "O que passa na cabeça do Trump não sei, ele é imprevisível. Eu gosto dele, eu sou apaixonado por ele. Sou apaixonado pelo povo americano, pela política americana, pelo país que é os Estados Unidos, nunca neguei isso desde meus tempos de garoto", afirmou.

Mobilização nos EUA

Atualmente, Eduardo Bolsonaro se encontra nos Estados Unidos desde março, buscando apoio do governo americano para pressionar o Brasil em relação ao caso de seu pai. Ele integrou a discussão sobre a sobretaxa a um pedido de "anistia ampla, geral e irrestrita". Além disso, enquanto enfrenta um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionado a uma suposta trama golpista, Bolsonaro se vê sem passaporte relevante para facilitar a sua comunicação.

Relação com Donald Trump

Bolsonaro mencionou que Trump reconhece sua relação, destacando que o ex-presidente dos EUA se referiu a ele na primeira linha de uma carta, o que demonstra o apreço entre ambos. Ao falar sobre a carta que Trump enviou ao presidente Lula (PT), ele também citou as críticas que o presidente americano fez ao STF no contexto da situação de Bolsonaro.

A busca por soluções

Durante a entrevista, o ex-presidente disse inicialmente que não pretendia interferir na tarifa, mas depois expressou claramente seu interesse em discutir o assunto com Trump. "Não vou interferir, não vou dar palpite na vida do Trump, tenho profunda gratidão por ele", declarou Bolsonaro. Ele também comentou que, durante seu governo, conseguiu reverter uma tentativa de Trump de taxar o aço brasileiro, e sente que ainda tem papel a desempenhar nesse diálogo, caso tenha liberdade para fazê-lo.

"Se continuar o Brasil avançando rumo à esquerda, Lula falando besteira o tempo todo, essa taxa de 50% que pode ser diminuída, acho que tenho poder de resolver esse assunto. Parte dele, mas tenho que ter liberdade para conversar com Trump, no momento nem passaporte eu tenho", finalizou Bolsonaro.