FAB intercepta aeronaves durante cúpula do BRICS
07/07/2025, 04:34:03Intervenções da Força Aérea Brasileira
A FAB (Força Aérea Brasileira) interceptou três aeronaves durante a realização da 17ª Cúpula do BRICS, que ocorreu entre quinta-feira (4) e segunda-feira (7) no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro.
Os episódios registrados neste fim de semana foram caracterizados por violações de áreas de exclusão aérea temporária, estabelecidas para garantir a segurança dos chefes de Estado e autoridades presentes ao evento.
Duas aeronaves da aviação geral foram interceptadas por caças A-29 Super Tucano, uma ação que ocorreu após o não cumprimento das regras de voo nas zonas restritas. Os pilotos foram orientados pelos órgãos de controle a alterarem suas rotas. Uma terceira violação envolveu um helicóptero que deixou a área restrita e pousou em um local isolado, ao perceber a presença de um caça.
Coordenadores das áreas de exclusão
As áreas de exclusão foram coordenadas pelo DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e definidas em níveis de restrição classificados como branca, amarela e vermelha, abrangendo um raio de até 150 km do local do evento. Na área vermelha, que tem um raio de 10 km, apenas aeronaves autorizadas relacionadas à cúpula têm permissão para voar.
Fechamento do Aeroporto Santos Dumont
Durante a realização do evento, o Aeroporto Santos Dumont foi fechado, e suas operações foram transferidas para o Aeroporto do Galeão.
Meios empregados na operação
A FAB utilizou uma combinação de recursos aéreos e terrestres, incluindo os caças F-5M, aeronaves de reabastecimento KC-390, radares E-99, helicópteros H-60L Black Hawk, mísseis RBS 70 e sistemas antidrones. Aproximadamente 670 militares participaram da operação, que foi coordenada a partir da Sala Master de Comando e Controle, instalada no CGNA (Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea).
Além disso, o Esquadrão PARA-SAR e o Hospital de Força Aérea do Galeão estavam em prontidão para situações de emergência.
Reconhecimento das autoridades
O comandante do CGNA, Tenente-Coronel Deoclides Fernandes, destacou que os pilotos interceptados atenderam às ordens recebidas e que as violações podem ter ocorrido de forma acidental. O Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi enfatizou que a utilização de mísseis é uma medida para reduzir o tempo de reação e afastar possíveis ameaças de áreas urbanas.
As investigações sobre os casos de violação permanecem sob a responsabilidade da FAB.