Tesouro viking descoberto com mais de 1400 artefatos
27/06/2025, 09:40:24Descoberta Arqueológica em Täby
Arqueólogos encontraram mais de 1.400 artefatos, incluindo joias de prata, objetos rituais e até pólen preservado, em Täby, nos arredores de Estocolmo.
Mais de 1.400 artefatos da era Viking, entre eles um tesouro de prata com joias ornamentadas e restos de tecidos raros, foram descobertos entre 2020 e 2021 durante escavações em Täby, ao nordeste de Estocolmo, na Suécia. A equipe, liderada por John Hamilton, do órgão estatal Museus Históricos, encontrou os itens em uma antiga fazenda viking e em um cemitério próximos a uma colina em Viggbyholm, área ocupada entre os anos 500 e 1050 d.C., e brevemente reutilizada na Alta Idade Média.
O destaque da escavação foi a descoberta de uma vasilha enterrada sob uma pedra, contendo colares e pulseiras de prata, um amuleto e uma bolsa de tecido com 12 pingentes feitos de moedas europeias e islâmicas datadas entre 904 e 997 d.C. As moedas provinham de regiões como Pérsia, Baviera, Boêmia, Normandia e Inglaterra.
Segundo Hamilton, trata-se de uma descoberta única tanto pelo conteúdo quanto pela associação direta com as estruturas da fazenda e o cemitério. Os arqueólogos observam que a prata e os itens orgânicos enterrados provavelmente fizeram parte de um ritual funerário, possivelmente em homenagem a uma mulher de alta posição social. O encerramento das atividades na fazenda ocorreu no mesmo período do sepultamento. A bolsa de linho continha detalhes em seda rara, possivelmente importada, e pode ter tido uso cerimonial anterior.
No total, foram identificadas 34 construções e 5 túmulos, três com caixões e dois com cremações. Cerca de 15 estruturas foram associadas a práticas rituais, com objetos enterrados propositalmente. Entre os fragmentos cerâmicos havia peças de argila local, mas com estilo comum em regiões do outro lado do mar Báltico, o que sugere que algum dos habitantes teria vindo de fora. A comunidade viveu no local por aproximadamente 500 anos, dedicando-se à agricultura, criação de animais e sepultamento dos mortos.
Análises de DNA feitas em quatro esqueletos masculinos mostraram que a maioria dos indivíduos era aparentada entre si, mas um deles não tinha laços genéticos com os demais. Segundo Hamilton, esse dado é relevante para compreender melhor a origem e as relações sociais dos antigos moradores da região. Os ossos estavam degradados, o que impediu uma análise completa.
Conclusão
A descoberta desses artefatos não apenas enriquece nosso entendimento da cultura viking, mas também oferece uma visão profunda sobre os rituais funerários e a vida cotidiana dos habitantes daquela época. Para mais detalhes sobre esta e outras descobertas arqueológicas, continue acompanhando nosso blog!