Érika Hilton destaca violência contra LGBTQIAPN+ na EuroPride
22/06/2025, 19:37:32Introdução
A deputada federal Érika Hilton (PSol-SP) foi uma das vozes de destaque na Conferência dos Direitos Humanos do EuroPride 2025, realizada na última sexta-feira (20) em Lisboa, Portugal. Seu discurso fez ecoar a necessidade de proteger e promover os direitos das pessoas LGBTQIAPN+ em um contexto de crescente violência e opressão.
Denúncia de Violência
Durante sua fala, Érika trouxe à tona a escalada da violência contra a comunidade LGBTQIAPN+, especialmente as mulheres transexuais. "Se não ocupamos a política, ela é ocupada por quem nos quer mortos, marginalizados e fora dos espaços de dignidade. Por isso, é essencial que nossa comunidade dispute esses lugares, que historicamente foram negados a nós", afirmou a parlamentar. Essa citação ilustra a urgência de um espaço político inclusivo, onde vozes diversas possam ser ouvidas e respeitadas.
Brasil como um dos Países mais Perigosos
A deputada destacou que o Brasil é considerado o país que mais mata pessoas LGBTQIAPN+ no mundo e criticou a forma brutal com que essas vidas são ceifadas. "Não basta nos matar. É preciso torturar, humilhar, para que a sociedade aprenda como tratar os nossos corpos. Isso é reflexo de uma estrutura que nega a nossa humanidade", enfatizou, fazendo uma análise profunda das dinâmicas sociais que perpetuam essa violência.
Ocupando Espaços de Poder
Érika defendeu que a luta por direitos não deve ser apenas uma forma de resistência, mas uma convocação para ocupar espaços de decisão. "Por muito tempo disseram que pessoas LGBTQIAPN+, negras, indígenas e mulheres não tinham lugar na política. Mas estamos aqui, levantando nossas vozes e construindo um contragolpe contra essa lógica excludente", declarou, inspirando a audiência a pensar sobre a importância da representatividade em todas as suas formas.
Violências Simbólicas e Sociais
A parlamentar também fez um paralelo entre as violências diretas sofridas por indivíduos e as práticas sociais históricas de punição e opressão. Ela expressou a necessidade de reconhecer que "nossa execução não é só física. Ela também é simbólica, social, política e espiritual", reiterando que as consequências da marginalização vão além da violência física.
Pinkwashing e Defensores de Direitos Humanos
No evento, Hilton criticou o que chamou de "pinkwashing", o uso instrumentalizado dos direitos LGBTQIAPN+ para ocultar violências e injustiças maiores. "Denunciei a tentativa do Estado de Israel de usar nossa pauta para legitimar o genocídio contra o povo palestino. Nossa luta por direitos não pode jamais ser confundida ou instrumentalizada. Queremos dignidade para todas as pessoas, em todos os povos e nações", pontuou, ressaltando a interseccionalidade das lutas por direitos humanos.
Conclusão
O discurso de Érika Hilton na EuroPride 2025 foi um chamado à ação para todos os que acreditam na igualdade e na justiça. A representatividade na política é um passo fundamental para garantir que as vozes da comunidade LGBTQIAPN+ sejam ouvidas e respeitadas. É a hora de lutarmos juntos por um futuro onde todos tenham direitos iguais. Com isso, convidamos você a se engajar nessa luta e ficar atento(a) às próximas ações e eventos que promovem a solidariedade e a inclusão. Juntos, podemos fazer a diferença!