Os governos invertidos ou os governos fortes são todos ditatoriais

Ainda que falemos as línguas dos anjos, o inferno está na terra com o nome de política.

Os governos invertidos ou os governos fortes são todos ditatoriais

A humanidade em pequena parcela, os que realmente entendem o que é como funciona a política, sabe muito bem que os três tipos de governos são distintos, porém não muito diferentes: são as autarquias, as ditaduras e os denominados de “democráticos”. Em nome do povo, mas que terminam ditatoriais.

As autarquias montadas pelas aristocracias que resumidamente governam sob a lei do manda quem pode e obedece quem precisa. Quase uma ditadura.

As ditaduras cujo chefe supremo manda da maneira mais poderosa possível. Tanto manda prender quanto soltar, manda matar em nome da governabilidade, desde que sob o seu comando.

E a mais “evoluída” de todas, a democracia, que pode ser boa ou ruim.

Ela gira em torno das escolhas dos governantes – executivo e legislativo – que normalmente se invertem em seus papeis a depender de como se instalem as partes. O presidente pensa que governa, quando quem manda mesmo é legislativo apontando membros do governo que agem em nome do governo, tirando para si os dividendos da cota do latifúndio de cada um dos lados. Esse tipo engana bem ao povo.

E a democracia ruim, a que se torna governo forte com o martelo do castigo em mãos do governante que se divide por entre assessores dando o tom de como quer que lhe sirvam os trabalhadores mais próximos mesmo que não sejam ouvidos. São “valorizados” pelo falso prestígio. Normalmente o Rei governa e o povo ainda lhe aplaude. 

Diferente desses três tipos de governos, classificam-se alguns poucos outros, todavia que obedecem claramente às regras acima. 

No Brasil, o “governo forte” atua sob um governo singular como bem definiu o ministro do STF, Flávio Dino, atualmente a reboque do que manda o congresso nacional, com governadores domados pelas ALEs, e prefeitos sob o efeito do medo das câmaras de vereadores, e quando forte, em clima de ameaças entre as partes, o que engana o povo por entre discursos inflamados ou orquestrados.

E a democracia ruim, que não deixa de ser “democracia”, que mantém escolha do povo com péssimas estrelas nas câmaras de vereadores, assembleias legislativas e em Brasília, no congresso nacional. E o povo ainda repete votos em troca de migalhas. 

Creditos: Professor Raul Rodrigues