Trump enfrenta dilema com Israel e Irã em 2025
19/06/2025, 14:38:08Os desafios do poder político
Um líder político frequentemente se depara com situações extremas em que deve escolher a opção menos pior, ou seja, a menos extrema, a menos desgastante, a menos comprometedora. Quanto mais poder esse líder tiver, mais se verá envolvido neste tipo de situação. Uma história da Antiga Grécia ilustra bem essa realidade.
Dâmocles, ao elogiar a vida do ditador Dionísio I, acabou tendo que experimentar por um dia os privilégios do poder. Porém, Dionísio o surpreendeu ao pendurar uma espada sobre sua cabeça, mostrando que o poder vem acompanhado de constantes ameaças e desafios.
A situação atual de Trump
Donald Trump se encontra em um dilema complicado: deseja ajudar Israel, seu aliado tradicional, mas isso pode exigir um ataque ao Irã. A resposta iraniana, nesse caso, poderia ser extrema e imprevisível. É importante destacar que o Irã possui uma força militar considerável, com cerca de 610 mil soldados ativos e 220 mil paramilitares associados à Guarda Revolucionária, totalizando aproximadamente 830 mil combatentes.
O conflito não se resume apenas a uma situação regional; os dois países, Israel e Irã, estão próximos no ranking de poder militar global, com Israel na 15ª posição e o Irã na 16ª, segundo o Global Fire Power de 2025. Enquanto Israel conta com o poderio bélico dos EUA, o Irã já manifestou a possibilidade de atacar interesses de outros países, como França e Reino Unido, além de realizar atentados indiscriminados.
Recentemente, Trump elevou o tom e exigiu a rendição incondicional do Irã, mas a situação é volátil, e é improvável que o país simplesmente recue após a morte de civis e o acirramento dos conflitos. Os EUA, por sua vez, não devem optar por uma intervenção militar tradicional, mas podem realizar bombardeios precisos contra as instalações nucleares iranianas.
Um cenário complexo
O mundo enfrenta uma série de conflitos interconectados, como as tensões entre Israel e Palestina, Israel e Irã, e a situação entre Rússia e Ucrânia. Nesse cenário tumultuado, os EUA tentam dissuadir, compor e apaziguar ânimos para, se não alcançarem a paz, pelo menos vislumbrarem algum equilíbrio e sensatez. Resta saber se conseguirão.