Weintraub critica Bolsonaro após interrogatório no STF
11/06/2025, 19:35:17Ex-ministro critica Bolsonaro
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub reagiu a declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 10. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Weintraub declarou: "Nós, que acreditamos no Bolsonaro em algum momento, fomos otários! Eu fui muito otário!"
O momento do interrogatório
Na postagem, o ex-ministro compartilhou um vídeo em que Bolsonaro "convidou" o ministro Alexandre de Moraes para ser seu vice em 2026. O ex-presidente pediu licença para fazer uma brincadeira e disse que "perguntaria a seus advogados antes" se fosse ele, o que provocou risos entre os presentes. Após a proposta, Moraes respondeu "eu declino". É importante ressaltar que Bolsonaro está inelegível até 2030, uma decisão do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), que na ocasião era presidido por Moraes.
Críticas ao bolsonarismo
Durante seu depoimento, Jair Bolsonaro também se referiu a apoiadores que defendiam intervenção militar e o AI-5 como "malucos". Weintraub, que foi um dos ministros mais próximos do ex-presidente, novamente expressou seu descontentamento e reforçou sua frase "Eu fui muito otário!" em relação ao passado de apoio ao ex-presidente.
Assessões e desavenças
Além disso, em outra publicação, o ex-ministro do governo Bolsonaro se referiu ao bolsonarismo como "uma lepra, rastejante, covarde, mentirosa e calhorda", compartilhando uma imagem de um rato com a legenda: "esse rato é mais imundo e covarde do que eu imaginava".
Abraham Weintraub foi demitido do governo Bolsonaro em 2020 e, durante os 14 meses em que esteve no cargo, protagonizou desavenças com reitores, estudantes, parlamentares, além de ter se envolvido em polêmicas com a China e com minorias, chamando magistrados do Supremo de "vagabundos" em uma reunião ministerial. Integrante do núcleo ideológico do bolsonarismo, passou a ser visto por aliados como um provocador de crises desnecessárias ao governo.