Greta Thunberg e Ativistas Deportados de Israel
11/06/2025, 14:46:48Deportação de Ativistas em Israel
A ativista sueca Greta Thunberg e mais 11 colegas chegaram ao aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, no dia 10 de junho de 2025, prontos para serem deportados por Israel. Os ativistas estavam a bordo do barco Madleen, que, segundo eles, se dirigia à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária. Contudo, essa ação foi interrompida quando o veleiro foi interceptado pela Marinha israelense no dia anterior.
O barco Madleen, que transportava os ativistas, chegou ao porto de Ashdod, onde a equipe passou por exames médicos. O Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que todos os 12 tripulantes do barco, incluindo Thunberg, foram detidos para o processamento de deportação.
Em uma postagem na rede social X, o ministério confirmou que quem se recusar a assinar os documentos de deportação poderia enfrentar a Justiça israelense. Durante a manhã, foi anunciado que Greta embarcou em um voo para a França, que faria conexão para a Suécia.
Antes da interceptação, no domingo (8), os integrantes do Madleen relataram ter sido atacados por drones e enfrentaram a abordagem de militares israelenses. A missão do grupo foi organizada pela Freedom Flotilla Coalition, que tinha como objetivo fornecer suprimentos médicos, fórmulas infantis e alimentos à população da Faixa de Gaza, que tem lidado com uma grave crise humanitária.
Embora os ativistas argumentem que sua carga representava uma ajuda significativa, o governo israelense contestou essa afirmação, alegando que a quantidade de assistência a bordo era mínima, proporcional a um caminhão. Em resposta à situação, o ministério afirmou que todos os ativistas seriam enviados de volta às suas nações de origem, sem especificar se haveria futuras tentativas de expedição ao território palestino.
A deportação de Thunberg, uma figura influente no ativismo climático e social, levanta questões sobre a liberdade de expressão e a ajuda humanitária na região. Especialistas destacam que a crescente tensão entre ativistas e a administração israelense pode inibir iniciativas de apoio à população afetada, sublinhando a necessidade de diálogo e entendimento para resolver a crise humanitária na Faixa de Gaza.