Gleisi Hoffmann defende pacote fiscal e responde Motta
12/06/2025, 09:32:47Resposta de Gleisi Hoffmann
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), respondeu nesta quarta-feira às críticas do presidente da Câmara, Hugo Motta (REPUBLICANOS), em relação ao pacote fiscal apresentado pelo governo. Em suas declarações, Gleisi afirmou que as propostas respeitam o arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso, visando corrigir distorções no sistema tributário, especialmente no setor financeiro.
Defesa das Medidas Fiscais
Segundo a ministra, o debate sobre as medidas é não apenas esperado, mas legítimo. Ela enfatizou que o pacote foi formulado dentro dos limites legislativos estabelecidos, destacando a importância de um imposto de 5% sobre investimentos que atualmente estão isentos, como a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e a LCI (Letra de Crédito Imobiliário). “Este imposto busca equilibrar a tributação, considerando que esses fundos concentram recursos de investidores com alto poder aquisitivo”, explicou.
Relação com o Agronegócio
Gleisi também se dirigiu ao setor do agronegócio, que, conforme mencionado, recebe quase R$ 165 bilhões em incentivos fiscais. Ela argumentou que esse setor poderia contribuir mais para o financiamento do Estado, justificando assim uma contribuição tributária adicional. Para a ministra, a maior parte desses recursos acaba beneficiando investidores, o que reforça a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa.
Tributação e Apostas Esportivas
Além disso, a ministra defendeu um aumento na tributação sobre apostas esportivas, ressaltando a importância de se avaliar tanto o retorno econômico quanto o impacto no emprego que essas atividades podem gerar.
Discussão no Congresso
Gleisi enfatizou que as medidas propostas precisam ser discutidas abertamente no Congresso. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), reconheceu a complexidade da votação da medida provisória, especialmente devido à mobilização de setores que se sentem afetados. Ele classificou como produtivo um recente encontro entre o governo e a base aliada, mas também alertou que a pressão dos setores pode ter significativa influência no debate.
Reação de Hugo Motta
Por sua vez, Hugo Motta manteve a posição contrária ao aumento de impostos sem uma redução correspondente nos gastos públicos. O presidente da Câmara expressou sua firme resistência a um aumento da carga tributária sem um compromisso claro com um ajuste fiscal. “Não estou na presidência da Câmara para atender interesses eleitorais”, declarou Motta, reafirmando sua rejeição às propostas que não venham acompanhadas de cortes governamentais.
Esse episódio ilustra as tensões atuais dentro do governo e a oposição sobre o futuro fiscal do país, onde a busca pelo equilíbrio entre arrecadação e crescimento econômico continua a ser um desafio.
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