Ex-mulher de PM que fez família refém tinha medida protetiva
11/06/2025, 06:39:21Contexto do Caso
O militar Pedro Silva, que fez a família refém no sábado (7), no bairro do Prado, em Maceió, estava preso na Academia de Polícia Militar desde janeiro deste ano após a ex-mulher denunciá-lo por violência doméstica. Havia uma medida protetiva contra ele. O militar conseguiu fugir e invadiu a casa da família, onde manteve cinco pessoas em cárcere privado, esfaqueou o ex-cunhado e o filho de 10 anos. O policial foi morto pelo Bope.
O Histórico de Violência
Em janeiro, a ex-esposa acionou uma guarnição da Patrulha Maria da Penha pedindo ajuda após ter sido agredida. Pedro Silva foi localizado em via pública, onde recebeu voz de prisão. Em seguida, foi conduzido até a Central de Flagrantes. Segundo parentes, ele agredia e ameaçava constantemente a ex-mulher. A partir do registro do Boletim de Ocorrência, foi expedido o pedido de medida protetiva de urgência contra Pedro. A denúncia de violência doméstica vinha sendo conduzida pela própria Polícia Militar.
A Fuga e o Resultado Trágico
O PM se encontrava preso na Academia de Polícia Militar, no bairro do Trapiche da Barra, que é o quartel da corporação. A prisão nesse local pode ocorrer quando se trata de uma prisão disciplinar, administrativa ou quando há a prerrogativa de prisão de "estado-maior", que é dada não só a militares, mas também a outros profissionais, como advogados, por exemplo. O g1 entrou em contato com a Polícia Militar para saber como se deu a fuga do PM, mas não teve resposta até a última atualização desta reportagem.
Pedro Silva tinha 58 anos. O militar teria usado os filhos para conseguir fugir da academia militar e invadir a casa da família, onde manteve cinco pessoas reféns. Ele esfaqueou o filho, Pierre Victor Pereira da Silva, de apenas 10 anos, e o ex-cunhado Altamir Galvão de Lima, que era sargento da PM. Os dois morreram. Outras duas pessoas ficaram feridas: uma mulher e o outro filho do casal, de 3 anos. As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Geral do Estado (HGE) onde receberam atendimento médico e foram liberadas em seguida. A ex-esposa do militar conseguiu fugir em estado de choque e também precisou de atendimento médico.