Vereador e médico indiciados por esquema em hospital público

Vereador e médico indiciados por esquema em hospital público

Investigação da Polícia Civil revela esquema ilegal

A investigação da Polícia Civil aponta que o médico realizava consultas particulares em um hospital público, a pedido do vereador, beneficiando pacientes fora do protocolo de emergência. Essa ação levantou sérias preocupações sobre a integridade do sistema de saúde pública em Arapiraca.

A conclusão do inquérito

A Polícia Civil finalizou, nesta sexta-feira, o inquérito que revelou um esquema envolvendo um vereador e um médico no Hospital de Emergência do Agreste, localizado em Arapiraca. Durante a apuração, foi constatado que o médico prestava atendimentos particulares dentro da unidade de saúde, favorecendo pessoas indicadas pelo vereador, em detrimento de pacientes que realmente necessitavam do serviço.

Indiciamento do vereador e do médico

O delegado indiciou o vereador por crimes de desacato, injúria, difamação, corrupção ativa e lesão corporal dolosa. O médico, por sua vez, responderá por corrupção passiva. O inquérito foi oficialmente remetido ao Judiciário no dia 30 de maio.

Funcionamento do esquema

O esquema ocorria durante os dias de plantão do médico, quando o vereador trazia diversos pacientes que eram atendidos de forma privilegiada. Esses atendimentos não possuíam qualquer registro de entrada ou triagem, o que levantou questões sobre a legalidade e a ética do procedimento.

Reação do hospital e da polícia

Na noite em que o flagrante aconteceu, vigilantes impediram a entrada das pessoas levadas pelo vereador, resultando em uma confusão. Segundo o inquérito, o vereador desacatou e empurrou um dos vigilantes, dirigindo-se à sala do médico, onde ambos tentaram insistir para que os atendimentos fossem liberados. Este incidente interrompeu a recepção do hospital por quase duas horas, prejudicando outros pacientes que aguardavam atendimento.

Compromisso da Polícia Civil

A Polícia Civil reafirmou seu compromisso em investigar rigorosamente qualquer infração penal que chegue ao seu conhecimento, independentemente do cargo ou função pública dos envolvidos. A situação levantou um alerta sobre a necessidade de um sistema de saúde mais eficiente e justo para todos os cidadãos.

Conclusão

Esse caso destaca não apenas a corrupção dentro das instituições de saúde, mas também a importância de um sistema que funcione para todos. A sociedade exige medidas que garantam que a saúde pública seja acessível e justa, e investigações como essa são essenciais para a manutenção da integridade desses serviços.