Dono de bar em Murici é denunciado por estuprar mulheres
29/05/2025, 04:55:28Dono de bar em Murici é denunciado por crimes horrendos
O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) denunciou o proprietário de um bar na cidade de Murici, que foi preso na quinta-feira (21). O homem é suspeito de atrair mulheres para seu estabelecimento, embebedá-las e dopá-las para manter relações sexuais não consentidas, sendo que os abusos foram filmados. De acordo com a denúncia, uma das vítimas ficou ciente do que aconteceu apenas ao se ver em um vídeo que o suspeito havia compartilhado.
Três vítimas relataram em depoimento que não tinham consciência dos acontecimentos andados nos vídeos. Na denúncia, a promotora de Justiça Ilda Regina, responsável pela Promotoria de Justiça de Murici, solicita que o homem seja julgado e condenado por crimes graves, incluindo registro não autorizado de intimidade sexual, estupro de vulnerável, e divulgação de cenas de estupro. A promotora também pede que o réu seja responsabilizado por crime continuado, o que ocorre quando o autor comete dois ou mais crimes da mesma natureza de forma reiterada.
Como os crimes ocorreram
Uma das vítimas relatou que ela e sua tia estavam no bar, consumindo bebidas alcoólicas, quando o suspeito se juntou a elas. Em determinado momento, ele sugeriu que passassem a noite em sua casa, que era acoplada ao bar, e disponibilizou um colchão para que pudessem dormir. As mulheres, que conheciam o comerciante, aceitaram a proposta. No entanto, ao acordar no dia seguinte, a jovem estava sozinha na cama do proprietário do bar, sem saber como havia chegado ali.
Após alguns dias, uma pessoa do círculo de amizade do suspeito enviou para as mulheres vídeos mostrando não apenas o estupro, mas também o rosto da vítima, que ficou em choque e imediatamente procurou a polícia. A promotora Ilda Regina enfatizou que as imagens evidenciam a vulnerabilidade das vítimas, já que estavam desacordadas, sugerindo que foram dopadas. Durante uma operação policial na residência do autor, encontrados frascos de remédios ansiolíticos que podem estar ligados aos crimes.
Após a repercussão do caso, outras mulheres se sentiram motivadas a denunciar o mesmo suspeito, revelando que também foram vítimas de atos semelhantes. A promotora afirmou: "Identificamos que são mulheres diferentes, pois em algumas imagens ele não preservou o rosto da vítima, e em outras, apenas o corpo e as partes íntimas. À medida que a situação envolvendo a tia e a sobrinha ganhou visibilidade na cidade, mais vítimas, que antes se sentiram envergonhadas ou com receio, também se manifestaram e buscaram apoio da polícia".