Dono de bar em Murici é denunciado por estupro e crimes
29/05/2025, 09:24:54Ministério Público denuncia dono de bar suspeito de dopar, estuprar e filmar mulheres em Murici, AL
Segundo a denúncia, umas das vítimas só descobriu que havia sido violentada quando vídeos do crime foram compartilhados pelo suspeito.
O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) denunciou o dono de um bar da cidade de Murici, no interior do estado, preso na quinta-feira (21), suspeito de atrair mulheres para o estabelecimento, embebedá-las e dopá-las para manter relações sexuais não consentidas, filmando os abusos. Em depoimento, três vítimas relataram não terem consciência dos atos registrados nos vídeos. A denúncia do MP-AL se refere ao caso de uma jovem que só descobriu que foi vítima de estupro depois de se reconhecer em um vídeo divulgado pelo suspeito em ciclos de amigos dele.
Relembre o caso. De acordo com uma das vítimas, ela e sua tia estavam no estabelecimento comercial do denunciado, consumindo bebida alcoólica, tendo o mesmo sentado à mesa para acompanhá-las. Devido ao horário, o homem sugeriu que dormissem em sua casa, mesmo imóvel do bar, e providenciou um colchão para isso. As mulheres, por conhecerem o comerciante, inclusive a vítima ser ex-cunhada de uma sobrinha dele, acharam aceitaram a proposta de ficar no local. No entanto, apesar de tia e sobrinha terem dormido em um colchão colocado no corredor da casa, a jovem acordou no outro dia na cama do proprietário e indagou se a sua parente sabia explicar como chegou ao cômodo. Dias depois, após o homem ter compartilhado imagens com o seu ciclo de amizade, uma das pessoas enviou vídeos para as mulheres que mostravam não somente o estupro, mas o rosto da vítima que entrou em pânico e procurou a polícia.
Nos vídeos, segundo a promotora Ilda Regina, é explícita a condição de vulnerabilidade das vítimas desacordadas, levando à suspeita de que foram dopadas. Em buscas no imóvel, a polícia encontrou frascos de remédios ansiolíticos. Após esse caso vir à tona, outras mulheres se encorajaram e também afirmaram ter sido estupradas pelo mesmo suspeito. “Identificamos que são mulheres diferentes, pois em algumas imagens ele não preservou o rosto da vítima, noutros só mostra o corpo e as partes íntimas. Inclusive, quando repercutiu na cidade a situação envolvendo tia e sobrinha, mais vítimas, que antes silenciaram por receio e também vergonha da sociedade, se manifestaram e procuraram a polícia”, afirmou a promotora.