Julgamento de acusado de matar farmacêutica começa em Maceió
26/05/2025, 20:21:02Início do julgamento
O júri popular de Cícero Messias da Silva Júnior, acusado de assassinar a farmacêutica Marcelle Bulhões, de 36 anos, a pedradas, começou nesta segunda-feira (26) em Maceió. O crime ocorreu no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março de 2023, no bairro Cidade Universitária. O Ministério Público de Alagoas sustenta a tese de homicídio triplamente qualificado: por motivo fútil, feminicídio e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Cícero, que se encontra preso, confessou o crime ao se apresentar na delegacia no dia seguinte.
Contexto do crime
Cícero Messias da Silva Júnior é acusado de assassinar Marcelle Bulhões com pedras, em um ato de brutalidade sem precedentes. O caso ganhou amplo destaque na mídia e chocou a comunidade local. Durante o julgamento, a acusação será conduzida pelo promotor de Justiça Tácito Yuri, que apresentará evidências para sustentar a acusação de homicídio.
Testemunhas emocionadas
Uma das testemunhas foi o filho da vítima, que emocionalmente contou como o réu havia feito ameaças de morte a Marcelle. "Tomei ciência de áudios e ameaças muito pesadas. Ele ameaçou esquartejar ela na rua, muita coisa estava acontecendo e eu não sabia. Quando tomei conhecimento que ela estava com uma pessoa errada, eu tentei aconselhar, tentei alertar, mas ela não aceitava o que eu estava dizendo", revelou Matheus, destacando o sofrimento da mãe.
Detalhes do crime
O assassinato ocorreu após Cícero invadir a casa de Marcelle durante o carnaval, na madrugada do crime. Testemunhas relataram que ela tentou escapar ao notar uma luz acesa, mas foi rapidamente agredida. A discussão entre os dois foi ouvida por vizinhos, que relataram a brutalidade das pedradas. Marcelle foi socorrida para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde infelizmente não resistiu aos ferimentos.
Histórico de violência
Marcelle, antes de sua morte, havia declarado temer por sua vida devido às constantes ameaças feitas por Cícero. O agressor já possuía um histórico no sistema de justiça, com passagem pela polícia em 2018 pelo crime de ameaça.