Oficiais norte-coreanos detidos após acidente com navio de guerra

Detenção de Oficiais pelo Acidente

A Coreia do Norte deteve três pessoas, oficiais do estaleiro de Chongjin, onde ocorreu um acidente, na última quinta-feira (22), durante o lançamento de um novo navio de guerra. A informação foi divulgada pela mídia estatal, neste domingo (25). Segundo a agência estatal KCNA, a falha comprometeu a estabilidade do navio, que ficou inclinado e encalhado, sem conseguir deixar o estaleiro.

Reações de Kim Jong-un

O lançamento fracassado que prejudicou o navio de guerra de 5 mil toneladas foi testemunhado pelo líder Kim Jong-un, que afirmou que “o acidente prejudicou a dignidade do país”. Um dia depois, Kim acrescentou que o incidente foi causado por “absoluta negligência, irresponsabilidade e empirismo anticientífico” em uma reunião plenária. Ele destacou que “aqueles que cometeram erros irresponsáveis serão punidos” na próxima reunião do partido.

Críticas às Autoridades

Entre os principais alvos das críticas estão o Departamento da Indústria de Munições e a Universidade de Tecnologia Kim Chaek, que foram apontados como responsáveis pelo projeto da embarcação. Imagens de satélite divulgadas nesta sexta-feira (23) mostram a embarcação tombada, coberta com uma lona azul.

Investigação e Prisões

Com a investigação sobre o caso se intensificando, as autoridades policiais prenderam o engenheiro-chefe do Estaleiro Chongjin e outras duas pessoas. A agência de notícias estatal KCNA confirmou essas detenções. O líder norte-coreano ordenou que o navio seja restaurado antes de uma reunião do partido governista em junho, e a KCNA relatou que o plano de reabilitação está em andamento.

Modernização da Frota Naval

O acidente com o navio de guerra ocorreu semanas após a Coreia do Norte apresentar um contratorpedeiro semelhante, denominado Choe Hyon. Kim havia chamado o navio de guerra de um “avanço” na modernização da Marinha da Coreia do Norte, afirmando que ele seria mobilizado no início do próximo ano. Esses veículos fazem parte do plano de modernização da frota naval anunciado por Kim Jong-un como resposta “às ameaças lideradas pelos Estados Unidos”.