Cortella recomenda livros essenciais para todos lerem

Cortella recomenda livros essenciais para todos lerem

A importância da leitura

A leitura é um hábito essencial para o desenvolvimento pessoal e intelectual. O filósofo e escritor Mario Sergio Cortella reforçou essa ideia durante uma entrevista recente. Aos 71 anos, ele abriu sua biblioteca pessoal e compartilhou uma lista com os dez livros que, segundo ele, todo mundo precisa ler ao longo da vida. A seleção inclui obras clássicas da filosofia, textos religiosos, ficção histórica e literatura infantil. Apesar de já ter acumulado cerca de dez mil livros, Cortella afirma que, nos últimos anos, passou a doar grande parte de sua coleção. “Eu tinha estantes por todas as partes. Mas, nos dez anos mais recentes, fui ficando com uma perspectiva agoniante, que era a de encontrar um livro parado ou guardado”, explicou. Hoje, mantém cerca de mil títulos em casa, entre eles, os que considera mais significativos.

Os 10 livros recomendados por Cortella

A seguir, confira os 10 livros indicados pelo escritor:

  • Bíblia: “É preciso ler, porque ela é a referência de muitas coisas, independentemente de religião”, disse o escritor.
  • O Discurso do Método, de Descartes: “E também vale ler Meditações. Meu primeiro livro foi uma obra sobre Descartes, e mexeu comigo porque ele trouxe algumas das ideias mais firmes deste pensador em relação à dúvida metódica”, sugeriu.
  • Fédon, de Platão: “Uma das obras mais belas que eu já vi na vida, que fala sobre a imortalidade da alma”, diz o filósofo.
  • Criação, de Gore Vidal: “Um livro que narra uma aventura no século 5 e ao mesmo tempo tem toda uma reflexão sobre qual é a origem da vida. É maravilhoso. São mais de 600 páginas de alegria pura”, disse Mario.
  • A Divina Comédia, de Dante Alighieri: “Tem que passear por ela. É fundamental. É produção humana, porque é beleza, é encantamento, é ensinamento”, comentou o escritor.
  • Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato: “Foi o primeiro livro que eu li na minha vida. E recentemente ganhei as obras completas de Monteiro Lobato. Nem abri, mantive-as preservadas, para passar aos meus netos”, sugeriu em clima de nostalgia.
  • O Príncipe, de Nicolau Maquiavel: “É um dos clássicos que há que se ler”, afirmou.
  • A Política, de Aristóteles: “Não existe filosofia sem Aristóteles. Também vale a leitura de Arte Retórica e Arte Poética, muito marcante para se compreender o lugar da arte, o lugar da percepção, da comunicação humana”, sugeriu.
  • Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire: .
  • Suma teológica, de Tomás de Aquino: “Fundamental para entender a filosofia. No século 12, ele agregou a ciência e a filosofia, a razão e a fé num movimento muito forte retomando Aristóteles”, sugeriu.