Penedo entre a virada de chave ou escolher a decadência progressiva

Já houve tempo em que a cidade do Penedo viva da aglomeração dos municípios vizinhos que lhes ofereciam a sua geopolítica – produção do arroz do baixo São Francisco, do peixe do Velho Chico e das 90 lagoas entre Piranhas e a sua foz, do coco de Piaçabuçu, e da cerâmica de Santa do São Francisco. E por isso se desenvolvia a passos largos. 

Única cidade com agencias bancárias, que trouxeram imperiosamente a chegada da luz elétrica de Paulo Afonso, telefonia e a melhor saúde e educação de toda uma região. Era a Capital do Baixo São Francisco a Princesa do progresso visto a olhos nus.

Tempos da boa política e dos homens honrados, dos empresários de sucesso, de um porto sem vagas para canoas pescaria por ser ocupado pelas Chatas e Canoas de Tolda. Das lanchas a unirem Neópolis à Piranhas em substituição ao navio Comendador Peixoto. Terra da água encanada e tratada pela Fundação SESP.

Com a chegada aos poucos do desenvolvimento às cidades circunvizinhas, Penedo perdeu a grande feira-livre, e deixou de ser o centro comercial, e deixou de ser a Caruaru entre Alagoas e Sergipe. Eram os tempos áureos da quinta mais importante cidade de Alagoas.

Politicamente respeitada por todos e admirada pelos vizinhos.

Dos anos 1980 por diante Penedo que recebeu tantos presidentes da república em campanha ou em mandato, começou a adormecer com o a utopia da Caderneta de Poupança, e o seu avantajado comércio começou a declinar em todas as áreas. E o triste horizonte se mostrou cruel para quem se dividiu entre poupadores e trabalhadores familiares sem a performance que o mercado passou a exigir.

Caímos também politicamente e deixamos que cidades antes inexpressivas se tornassem protagonistas e tomaram a dianteira de Penedo. E politicamente encolhemos para a categoria de produtora de deputados estaduais visitantes. Afundamos e passamos a andar a reboque de Pão de Açucar, Coruripe, Arapiraca, São Miguel dos Campos, Girau de Ponciano, ou daquilo que lhes sobravam. 

Desde 2021 que Penedo avança com Ronaldo Lopes como alavanca ou guindaste que junto ao grupo político que pertence, tem trazido tanto destaque para a cidade dos sobrados, que se implantaram nas terras de Sabino Romariz, de Hélio Lopes, Raimundo Marinho, Alcides Andrade e Moacir Andrade, obras edificantes que trouxeram para os corações dos penedenses a certeza do pertencimento da virada de chave para uma Penedo que novamente brilha dentre as estrelas como a radiosa da margem esquerda do rio São Francisco.

E por tamanha grandeza Penedo aspira e por decisão do seu povo retornar a ter um deputado estadual que defenderá toda a região seja ela do baixo São Francisco ou do Litoral Sul, sem perder a obrigação para com os as demais cidades alagoanas que darão apoio ao nome de Guilherme Lopes em 2026.