A inversão dos valores também chegou à política: que nome que nada, o que vale é o "partido do dinheiro"..

Contudo, para os caciques partidários, mais importante ainda são os que fazem a escada para eleger os que em meio ao todo desaparece qual álcool ao vento.

A inversão dos valores também chegou à política: que nome que nada, o que vale é o "partido do dinheiro"..

Ao subir para a Penedo FM na manhã desta terça-feira, me vi lembrando dos velhos e bons tempos da política dos nomes e não dos partidos. 

Lembrei então que a família de Silvana, minha esposa, votava em Ailson Maia pela amizade entre seu Hermes e Ailson, pai de Silvana, e que meu saudoso pai sempre dizia para votarmos em Chico do Cartório. E a família inteira votava. Isso até 1985 quando do seu falecimento. 

Parei no tempo e entendi então a função de um ato político embasado na experiência dos mais velhos. Na preservação da amizade sincera, enquanto uma falsa elite se apoiava em apoios para dominar a classe trabalhadora.

Hoje em dia, votos são conquistados pelos reais entregues na semana da eleição, virando a madrugada do sábado para o domingo, deixando para trás os quatro anos que ainda nem se iniciaram. A preocupação é o imediatismo de uma merreca no bolso.

Claro que toda regra tem exceção, e como tal tem os que trabalham por quatro anos carregando as pedras dos grupos familiares que fecham questão com o vereador escolhido para a manutenção da base eleitoral que se complementa com o velho cascalho.

Eis a grande diferença do antes para o hoje; antes se podia cobrar do político por ter lhe dado o voto espontâneo. Hoje já não se pode mais por ter vendido o seu direito em reclamar. 

Pelo menos a maioria está vivendo assim. 

Creditos: Raul Rodrigues