Criança devolvida por pais adotivos alegando 'malcriação'
13/05/2025, 15:26:55O Caso da Criança Devolvida
O casal que decidiu devolver uma criança após a adoção alegou que o menino era \"malcriado\" e, por essa razão, optou por devolvê-lo ao abrigo. A informação foi oficialmente confirmada nesta segunda-feira pelo Ministério Público de Alagoas. O casal, que tinha a intenção de construir uma família, se colocou na lista de adoção e demonstrou interesse pela criança. Durante o processo, o homem e a mulher faziam visitas regulares ao menino e participavam de momentos de lazer nos finais de semana.
Após a decisão de não continuar com a guarda da criança, o casal foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização de R$ 10 mil, isso ocorreu quatro meses após a conclusão do processo de adoção.
Adoção e Adaptação
Segundo o Ministério Público, a criança tinha 9 anos no momento da adoção e vivia em um ambiente familiar. O casal, desejando construir uma nova família, havia se inscrito na lista de adoção e, após um estudo social, foi considerado adequado para a função de pais. O menino, por sua vez, expressou o desejo de ser adotado por eles e tudo indicava que a convivência estava sendo saudável e afetuosa.
Foi relatado que a criança estava bem adaptada, recebendo carinho e cuidados, além de estar matriculado em uma escola particular. Este cenário foi confirmado durante um estudo social realizado com a família em agosto de 2023.
Desdobramentos e Trauma
No entanto, o menino tentou fugir do abrigo onde estava após ser devolvido ao abrigo pelo casal. A promotora de Justiça, Viviane Farias, relatou que a criança tentou voltar para a casa do casal por conta própria. \"Ele foi sozinho, à noite, e o casal sequer acolheu a criança por uma noite. Imediatamente o devolveram ao abrigo. Os traumas foram enormes\", destacou.
Devido às dificuldades que a criança enfrentou em sua readaptação, a equipe técnica decidiu por sua transferência a outra unidade de acolhimento. Atualmente, a criança, que agora possui 12 anos, foi colocada novamente em um abrigo para adoção e continua recebendo suporte psicológico.
Esse caso levanta questões importantes sobre o processo de adoção e a responsabilidade dos pais adotivos. É fundamental que as crianças sejam acolhidas em lares que realmente estejam preparados para oferecer o ambiente seguro e afetuoso que elas precisam.