Como é feita a fumaça do Vaticano na eleição do papa
08/05/2025, 09:25:53O sinal mais famoso do Conclave envolve ciência, tradição e até erros históricos
O mundo está de olho no Vaticano. Com a morte do Papa Francisco, um conclave - a eleição de um novo pontífice - foi convocado. A partir de 7 de maio, os olhos do mundo estarão voltados para a chaminé da Capela Sistina, onde os cardeais anunciam a escolha de um líder.
A fumaça que anuncia o papa
É por meio da fumaça que o mundo entende se há ou não um novo pontífice: enquanto ela for preta, nenhum papa foi eleito. Quando é branca, o anúncio é claro: "Habemus Papam". Mas como essas fumaças são feitas?
Rito antigo, fórmula moderna
A queima das cédulas vem do século XIX, mas a fórmula da fumaça é atual. A fumaça preta resulta da queima de perclorato de potássio, enxofre e antraceno, derivado do carvão. A fumaça branca, por sua vez, é uma mistura de clorato de potássio, lactose e resina de pinheiro.
Dois fornos, uma chaminé
Muitos pensam que a fumaça sai apenas da queima das cédulas dos votos dos cardeais. No entanto, existem dois fornos, um antigo e um eletrônico. O primeiro queima os papéis, enquanto o segundo é onde ocorre a reação química que garante a cor exata da fumaça.
Sinal religioso e político
A fumaça do conclave é fundamental, pois o papa também é chefe de Estado. Desde 1914, o Vaticano passou a diferenciar suas cores. Entretanto, as primeiras fórmulas geravam tons acinzentados, dificultando a interpretação do sinal.
Confusão
Essa confusão ocorreu, por exemplo, no conclave de 2005, que elegeu Bento XVI. A fumaça saiu cinza - nem branca, nem preta. Foi a partir desse evento que o Vaticano decidiu modernizar o sistema para tornar os tons mais nítidos.
O Papa Francisco e a clareza do sinal
No conclave de 2013, a fumaça foi clara e sem dúvidas: no dia 13 de março, o mundo soube que Jorge Bergoglio havia sido eleito para liderar a Igreja Católica. A precisão do sinal demonstrou o sucesso das novas fórmulas e do sistema aprimorado.