Mulher envenena ovo de páscoa e causa tragédia em crianças
05/05/2025, 08:31:05Tragédia em Imperatriz
Jordélia Pereira Barbosa, de 42 anos, foi indiciada por duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio após envenenar um ovo de Páscoa e enviá-lo à casa da atual namorada do ex-marido em Imperatriz, no Maranhão. Duas crianças, de 7 e 13 anos, morreram após consumir o chocolate, resultando em um caso de grande repercussão e comoção social.
O plano cruel
A mulher saiu de Santa Inês, a quase 400 km de distância, e se hospedou em um hotel na cidade onde o crime ocorreu. De acordo com a Polícia Civil, ela usava peruca como disfarce e tentou aplicar o veneno diretamente no local de trabalho de Mirian Lira Rocha, atual de seu ex-companheiro, se apresentando como promotora de degustação de chocolates. No entanto, como não conseguiu acesso à vítima, optou por enviar o ovo envenenado.
Provas contundentes
Imagens de câmeras de segurança obtidas pelo programa 'Fantástico', da TV Globo, mostram Jordélia comprando o ovo de Páscoa em uma loja de shopping e, posteriormente, contratando um mototaxista para realizar a entrega. O entregador confirmou à polícia que recebeu instruções específicas sobre o endereço e o nome da destinatária, e que Jordélia telefonou para confirmar a entrega.
Consequências fatais
Mirian e seus filhos comeram o ovo na mesma noite. Logo após, todos passaram mal. Infelizmente, as crianças, Evely Fernanda e Luís Fernando, não sobreviveram. A mãe, Mirian, conseguiu escapar. Exames periciais revelaram que o chocolate continha chumbinho, um veneno ilegal no Brasil, detectado nos corpos das vítimas e nos itens recolhidos com a suspeita.
Intenção e motivação
A polícia concluiu que Jordélia agiu por vingança e de forma premeditada. Para os investigadores, a escolha do feriado de Páscoa foi uma estratégia para dificultar a ação das autoridades e escapar da cidade. A intenção dela, segundo o inquérito, era matar Mirian, justificando assim a acusação de tentativa de homicídio com dolo direto.
Desdobramentos e defesas
Na prisão, foram encontrados chocolates e granulados usados para mascarar o gosto do veneno, além de diferentes perucas, sugerindo um planejamento meticuloso do crime. O Ministério Público considera a ação como sendo de motivo torpe, o que pode resultar em uma pena de até 30 anos por homicídio. A defesa da esteticista declarou que ela nega as acusações e afirma que os fatos serão esclarecidos durante o processo judicial.