Confissão do ex-namorado sobre morte de Roberta Dias
24/04/2025, 15:30:19Confissão de Saulo de Thasso Araújo Santos
Saulo de Thasso Araújo Santos, ex-namorado de Roberta Dias, foi ouvido no julgamento que começou em Penedo, Alagoas, onde confessou ter planejado a morte da jovem, assassinada em 2012. Durante seu depoimento, o qual durou cerca de duas horas, Saulo declarou que agiu sozinho e que seu amigo, Karlo Bruno Pereira Tavares, foi o executor do crime. A mãe de Saulo, Mary Jane Araújo, e Karlo Bruno também são réus no caso, respondendo por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto provocado por terceiro.
Desenvolvimento do caso e julgamentos
No segundo dia de julgamento, ficou claro que a intervenção da mãe foi crucial nas circunstâncias do crime. Saulo afirmou que Karlo só soube do crime no momento em que foi buscar Roberta. As declarações indicam que Mary Jane, mãe de Saulo, não estava ciente do que ocorria no dia do crime. No entanto, o Ministério Público considera que a confissão de Saulo foi "conveniente e estratégica para a defesa de Mary Jane".
Investigações e desfechos trágicos
Roberta desapareceu em Penedo no início de 2012, após sair de casa para uma consulta médica. As investigações revelaram que ela foi sequestrada e asfixiada. Seu corpo foi enterrado em uma cova rasa e só foi encontrado nove anos depois, próximo a Piaçabuçu. Este caso trágico expôs as complexidades da criminalidade em Alagoas, levando a uma cobertura extensiva pela mídia e um clamor por justiça.
O promotor de Justiça Sitael Jones Lemos atua na acusação, defendendo as teses de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O julgamento deve se prolongar até sexta-feira, 25, e muitos aguardam ansiosos a conclusão deste caso que trouxe grande comoção à região.
Contexto do crime em Penedo
Esse caso não apenas marcou a comunidade local, mas também levanta questões sobre a violência e a proteção das vítimas em situações de relacionamentos abusivos e familiares. O prolongado período em que o caso ficou sem solução destaca as falhas investigativas e a necessidade de um sistema judicial mais eficaz.