Peixe da Semana Santa não é mais anzol para pegar eleitores

Há algumas décadas a distribuição de peixes durante a Semana Santa servia sim de isca para pescar eleitores. Hoje não mais, pois os eleitores estão sempre abertos a acordos com o “faz-me rir” seja em que data for. Eles sabem que depois da entrada – ou luva – como queiram chamar, o próprio político tende a alimentá-lo para sempre. E quanto mais der, mais amarrado fica o político para não perder o que já deu.

Tornou-se uma aberração a venda votos, de tal sorte que ninguém ganha mais uma eleição sem o Dólar Furado. Leia-se: o bolso rasgado. 

Concluindo, para o eleitor é uma questão de honra ter o político com refém, pois é assim que muitos cabos eleitorais têm se mantido nos últimos dez anos.