Janja pede regulamentação das redes após morte de criança

Janja pede regulamentação das redes após morte de criança

Urgente regulamentação das redes sociais

A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, fez um apelo pela regulamentação imediata das redes sociais nesta quarta-feira, 16. Em um vídeo publicado no Instagram, Janja menciona o trágico caso de Sarah Raissa Pereira de Castro, uma menina de 8 anos que faleceu após participar do chamado "desafio do desodorante".

"A gente tem uma série de temas importantes que precisam de votação no Congresso Nacional. Mas tem esse que é urgente, urgentíssimo: a regulamentação das redes sociais", defendeu Janja. A primeira-dama qualificou o desafio que levou à morte da menina como "ignorante" e enfatizou que as redes sociais não podem ser consideradas "terra de ninguém".

Um território sem lei

Janja ressaltou que as redes sociais atualmente funcionam como um território sem leis, colocando em risco as vidas de crianças e adolescentes. "A gente precisa proteger a vida das nossas crianças e dos nossos adolescentes. Elas (redes sociais) não podem levar a vida das nossas crianças", comentou.

"A gente vai seguir trabalhando para que o projeto de regulamentação das redes seja aprovado com a mais urgência possível", concluiu.

Relembre o caso de Sarah

De acordo com informações do Estadão, Sarah foi internada no Hospital Regional de Ceilândia, em Brasília, na última quinta-feira, 10, após inalar o gás do desodorante aerossol durante a realização de um desafio que circulava nas redes sociais. O episódio resultou em uma parada cardiorrespiratória, com a vítima sendo reanimada após cerca de 60 minutos, porém sem apresentar reflexos neurológicos, o que resultou na confirmação de morte cerebral, conforme a Polícia Civil do Distrito Federal.

A investigação pela polícia está centrada em descobrir como a criança acessou o conteúdo do desafio e identificar os responsáveis pela publicação. Este é o segundo caso de morte registrado no Brasil neste ano devido a esse tipo de conteúdo. Em março, uma menina de 11 anos também sofreu uma parada cardiorrespiratória em um incidente similar em uma cidade do interior de Pernambuco.

As autoridades alertam que dependendo das circunstâncias determinadas pela investigação, os envolvidos poderão ser responsabilizados por homicídio duplamente qualificado, utilizando um meio capaz de causar perigo comum, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão.