Ana Beatriz: detalhes sobre bebê encontrada morta em armário
16/04/2025, 15:38:32O caso de Ana Beatriz
O corpo da bebê Ana Beatriz, que desapareceu no último dia 11, foi encontrado na tarde desta terça-feira (15) pela Polícia Civil de Alagoas, no quintal da casa da família. A menina, que tinha apenas 15 dias de vida, estava enrolada em um saco plástico em um armário com materiais de limpeza. Ela era procurada pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) após sua mãe apresentar versões diferentes sobre o sumiço da filha, em Novo Lino (AL).
As versões da mãe
A primeira versão, que gerou repercussão, foi a de que a menina teria sido sequestrada na rodovia BR-101, enquanto sua mãe aguardava para embarcar o outro filho, de cinco anos, que iria à escola. A Polícia agora investiga se a mãe, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, teve ajuda para ocultar o corpo da filha após ser presa em flagrante por essa ação.
Após afirmar que a bebê havia sido levada por uma mulher e três homens, Eduarda mudou a versão do desaparecimento pelo menos mais uma vez. A segunda história mencionava que ela havia sido abordada por um carro preto. Em sua quinta e última versão, alegou que dois homens encapuzados invadiram sua casa à noite e levaram seu bebê após abusar sexualmente dela.
Dificuldades nas investigações
Vizinho da família afirmaram não ter ouvido nada, o que levantou suspeitas sobre a versão contada por Eduarda. Para dar fim ao drama, após quatro dias de buscas, o advogado da mãe supostamente a convenceu a revelar onde estava o corpo da filha. A Polícia Civil foi acionada e se dirigiu até a localização indicada, onde encontrou Ana Beatriz. A mãe passou mal e foi levada ao hospital local. A causa da morte da bebê ainda será confirmada por exames periciais, enquanto as investigações prosseguem.
Mudanças nas declarações
Eduarda, que estava em um Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (Cisp) prestando depoimento, forneceu duas versões sobre a morte da filha. Em uma delas, afirmou que a bebê morreu acidentalmente, se engasgando durante a amamentação, enquanto na outra, garantiu que a filha foi asfixiada. Disseram que a mãe teria usado um travesseiro devido à falta de sono, causada pelo choro constante da criança e pelo barulho de um bar em frente à residência.
Avanços na investigação
A Polícia Civil continua a investigar se Eduarda teve auxílio para esconder o corpo da menina. Os investigadores consideram a possibilidade de uma terceira pessoa ter colocado o corpo no armário durante um período em que Eduarda não estava em casa. "A mãe pode ter se desesperado e pedido ajuda de algum familiar para fazer isso", afirmou o delegado Igor Diego. O Portal iG entrou em contato com a Polícia Civil de Alagoas para validar as informações, e a matéria será atualizada à medida que mais dados surgirem.