A Tarifação de Donald Trump: Nacionalismo Econômico em Marcha

Depois de leituras desde o início do conflito das tarifas que juntando conclusões e de vários jornalistas entendemos que Donald Trump faz um jogo perigoso e inconsequente. Mas essa é a sua marca.

A Tarifação de Donald Trump: Nacionalismo Econômico em Marcha

Durante sua presidência (2017–2021), Donald Trump colocou a política tarifária no centro de sua agenda econômica. Rompendo com o consenso neoliberal das últimas décadas, ele adotou uma abordagem protecionista sob o lema "America First", reacendendo debates sobre globalização, soberania econômica e guerra comercial.

O Que São Tarifas?

Tarifas são impostos aplicados sobre produtos importados. O objetivo pode variar: proteger indústrias locais, gerar receita para o governo ou pressionar países estrangeiros em negociações comerciais. Trump utilizou essas três justificativas ao implementar sua política tarifária.

A Guerra Comercial com a China

O episódio mais notório foi a guerra comercial com a China. A partir de 2018, os EUA impuseram tarifas sobre centenas de bilhões de dólares em produtos chineses, alegando práticas comerciais desleais, como roubo de propriedade intelectual e subsídios ilegais. A China retaliou com suas próprias tarifas sobre produtos americanos, afetando agricultores, industriais e consumidores dos dois lados.

Tarifas Além da China

A política de Trump não mirou apenas Pequim. Ele também impôs tarifas sobre aço e alumínio vindos da União Europeia, Canadá, México e outros parceiros históricos. O argumento era a segurança nacional — algo que muitos viram como pretexto para proteger indústrias em declínio nos EUA.

Motivações Políticas e Econômicas

Para Trump, as tarifas não eram só questão econômica, mas política. Ele buscava se conectar com a classe trabalhadora industrial, especialmente em estados-chave como Michigan, Ohio e Pensilvânia, onde empregos foram duramente afetados pela terceirização e pelo livre comércio nas décadas anteriores.

Ele prometeu trazer fábricas de volta e punir países que, em sua visão, "exploravam" os EUA. A tarifação foi o instrumento para sinalizar essa virada nacionalista.

Impactos e Controvérsias

A política de Trump gerou efeitos mistos:

Indústria: Algumas empresas nacionais se beneficiaram temporariamente da redução da concorrência estrangeira.

Agricultura: Muitos agricultores sofreram com retaliações de países afetados pelas tarifas.

Consumidores: Produtos importados ficaram mais caros, elevando custos para famílias e empresas.

Crescimento: A guerra comercial adicionou incertezas ao mercado global, afetando investimentos.

Estudos indicam que, no geral, as tarifas aumentaram os custos para os americanos sem trazer uma revitalização industrial significativa.

O Legado da Tarifação Trumpista

Mesmo com críticas de economistas e líderes globais, o legado tarifário de Trump sobrevive. O presidente Joe Biden manteve várias das tarifas impostas por seu antecessor, sinalizando que a disputa econômica com a China não era apenas uma questão trumpista, mas parte de uma mudança mais ampla na postura dos EUA frente à globalização.

Creditos: Professor Raul - com informações da internet