Trégua na Ucrânia enfrenta dificuldades, diz chefe da Otan

Desafios nas negociações de paz

Os esforços do presidente americano, Donald Trump, para alcançar um cessar-fogo abrangente entre Kiev e Moscou "não são fáceis", afirmou o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, em uma visita à Ucrânia. Durante sua passagem, Rutte condenou os "terríveis" ataques russos contra civis, destacando a complexidade das discussões entre as partes envolvidas.

"Essas discussões não são fáceis, especialmente depois dessa violência horrível", disse Rutte ao lado do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky. O chefe da Otan expressou apoio aos esforços de Trump para a paz, ressaltando a necessidade de um diálogo contínuo.

Contraste de declarações e a busca pela paz

As declarações de Rutte contrastam com as do emissário de Trump, Steve Witkoff, que havia afirmado que as negociações estavam "prestes" a progredir. Após três anos de conflitos, com alta taxa de mortos, o governo americano está em busca de um fim acelerado às hostilidades, mantendo negociações paralelas com autoridades russas e ucranianas, embora esses diálogos ainda não tenham trazido resultados concretos.

Rejeição do cessar-fogo e ataques recentes

Recentemente, sob pressão de Washington, a Ucrânia aceitou um cessar-fogo incondicional de 30 dias, proposta que foi rejeitada pela Rússia. Mark Rutte também falou sobre os "terrível padrão" de ataques russos contra civis ucranianos, enfatizando a gravidade da situação após um ataque com mísseis que matou pelo menos 35 pessoas em Sumy, um dos mais mortais desde o início do conflito.

"Há 35 dias, Putin ignora a proposta americana de um cessar-fogo completo", confidenciou Zelensky durante a coletiva de imprensa com Rutte, que destacou a necessidade urgente de sistemas de defesa antiaérea para proteger a Ucrânia. O presidente ucraniano ressaltou a importância de que a comunidade internacional atue rapidamente para ajudar seu país em meio à pressão constante da Rússia.

Preparativos internacionais para reforço militar

Zelensky expressou seu desejo de que um contingente militar ocidental seja "rapidamente" preparado para a Ucrânia, mencionando que países como Reino Unido e França já estão tomando iniciativas para estabelecer um contingente de segurança. "A Ucrânia não ficará sozinha diante da guerra", concluiu o presidente, enfatizando a necessidade de uma resposta imediata diante das agressões.