A ambiguidade do criticar sobre o acidente envolvendo Luciano Lucena

Quando a mesma voz que respeita a nota de esclarecimento, depois descontrói, a intencionalidade está mais que clara: é criticar

A ambiguidade do criticar sobre o acidente envolvendo Luciano Lucena

O mundo complexo e confuso da atualidade busca sobre todos os pretextos incriminar seja a quem for em razão de posições políticas. O crime do Código Civil que julga as ações de ruas, não tem a mesma medida nas redes sociais. 

Eis o porquê de tantas discussões sobre temas que devem ser julgados pelo bom senso, grupo de operadores do conhecimento sobre o assunto, que são pré-julgados pela sociedade – societas iudicium – o que pode terminar por influenciar nas decisões da própria justiça. Exemplo: prisão e soltura do Presidente Lula.

E o que é preocupante neste momento de grande influência das redes sociais, é a participação de quem faz essa parte. Pois temos visto, lido e ouvido opiniões controversas de uma mesma pessoa quando julga pela sua intencionalidade de inocentar ou condenar.

Outra face negra dessa ambiguidade é se confundir uma autoridade seja ela de qual campo for, com a sua vida privada. Até porque nos tempos atuais a celebre frase “não basta a mulher de César ser honesta, tem que parecer honesta”, já não mais reflete um parâmetro da justiça brasileira. Visto que corruptos reconhecidamente culpados pelos atos e atitudes, provas e mais provas, os quais a sociedade pede condenação, sequer vão às barras dos tribunais. 

Portanto, pré-julgar por razões outras é possibilitar que a falha de caráter de quem pré-julga faça parte da condenação ou do libelo da inocência.   

Creditos: Professor Raul