PM registra mais de 2 mil casos de violência em 2025

PM registra média de 23 ocorrências por dia

A Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) tem intensificado sua atuação no combate à violência contra a mulher, uma questão alarmante no estado. Nos três primeiros meses de 2025, a corporação atendeu uma média de 23 ocorrências por dia relacionadas a essa grave problemática. Os dados de Maceió e de municípios vizinhos da Região Metropolitana refletem tanto um alerta à sociedade quanto o comprometimento da PM em resguardar a integridade das vítimas.

Todos os acionamentos feitos através do número 190 foram completamente atendidos pela Polícia Militar. O relatório operacional do Comando de Policiamento da Região Metropolitana (CPRM) revela que, ao todo, foram 2.093 casos registrados de violência contra a mulher, abrangendo as oito cidades sob sua responsabilidade, que incluem Maceió, Rio Largo, Paripueira, Barra de Santo Antônio, Marechal Deodoro, Pilar, Barra de São Miguel e Satuba.

Atendimento e encaminhamento das ocorrências

Cada ocorrência é analisada segundo suas particularidades, recebendo o direcionamento necessário para cada situação. Embora muitos casos resultem em prisões, essa não é uma regra geral. "Os crimes relacionados à violência contra a mulher correspondem ao maior número de prisões em flagrante delito na área do Comando de Policiamento da Região Metropolitana (CPRM), entre janeiro e março deste ano. No primeiro trimestre de 2025, 285 indivíduos foram presos neste primeiro trimestre de 2025", explicou o tenente-coronel Hiraque Agnnes, comandante do CPRM.

Os bairros do Benedito Bentes, Cidade Universitária e Jacintinho, localizados na Capital, destacaram-se com o maior número de ocorrências. O bairro Cidade Universitária lidera, com 31 prisões dentro das 294 registradas. O Jacintinho e o Benedito Bentes seguiram as estatísticas, com 28 e 26 detenções, respectivamente, todas relacionadas à violência contra a mulher.

Dados sobre o aumento da violência nos finais de semana

O relatório ainda revela que a incidência de violência contra a mulher é alarmantemente maior durante os finais de semana, especialmente no período noturno, entre 20h e meia-noite. Essa tendência ressalta a necessidade urgente de intervenções e políticas para proteção das vítimas nessa faixa de horário.

Para capacitar melhor seus profissionais, a Polícia Militar tem promovido ações de treinamento. Desde 2023, policiais têm participado do Curso de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica, oferecido pela Chefia de Ensino Integrado da Secretaria de Segurança Pública (SSP). O curso possui uma carga horária de 40 horas-aula divididas em cinco módulos, abordando temas críticos como protocolos de atendimento, proteção legal da mulher, e aspectos sobre gênero e violências.

“Sabemos que a violência contra a mulher não faz distinção de raça, classe social, profissão, renda, cultura, nível educacional, religião ou idade. Seguimos atentos e operantes no combate a esse tipo de ilicitude. Todas as ocorrências registradas foram atendidas por uma equipe da PM. Houve a intervenção policial nos 2.093 casos”, finalizou o coronel Hiraque.

Uma chamada à ação

A sociedade também deve ser parte ativa na luta contra a violência de gênero. É fundamental que as vítimas tenham acesso a apoio e que a comunidade como um todo se mobilize em favor da proteção e dos direitos das mulheres. Considere compartilhar informações sobre esse tema e incentivem o debate em sua rede. A mudança começa com a conscientização e a ação coletiva.