Trump promete medidas contra China em guerra comercial

Trump promete medidas contra China em guerra comercial

O cenário da guerra comercial entre os EUA e a China


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas recíprocas em 2 de abril de 2025. Em meio à escalada de uma guerra comercial contra a China, Trump afirmou que o país asiático sempre "passou a perna" nos norte-americanos e que, agora, fará o mesmo. "Eles sempre nos passaram a perna a torto e a direito. Vamos agora passar a perna neles. Tem que dar o braço a torcer. Eles estão manipulando a moeda hoje como uma forma de compensar as tarifas", declarou Trump durante um evento do Comitê Nacional Republicano para o Congresso.

A fala do mandatário se refere à tarifa adicional adotada pelos Estados Unidos sobre produtos da China, que totalizou uma alíquota de 104%. Na quinta-feira (9), o Ministério das Finanças chinês anunciou uma retaliação ao "tarifaço" de Trump: uma alta de 50% sobre as importações americanas que, somada aos 34% adotados anteriormente, chega a 84%.

A China criticou as declarações de Trump, acusando-o de "bullying econômico" e "atos intimidatórios". "Os EUA continuam a abusar das tarifas sobre a China. A China se opõe firmemente e jamais aceitará tais atos hegemônicos e de bullying", afirmou o ministro das Relações Exteriores da China. Ele também declarou que o país asiático irá "lutar até o fim" contra a ofensiva protecionista promovida pelo presidente americano.

Além disso, Trump mencionou que líderes mundiais estão tentando negociar para reverter as tarifas. Durante o mesmo evento, ele comentou: "Estou te falando, esses países estão nos ligando, puxando o meu saco. Eles estão doidos para fazer um acordo. ‘Por favor, por favor, senhor, me deixe fazer um acordo’". Ao todo, 180 países foram taxados entre 10% e 50%, incluindo o Brasil.

Essa situação gera uma série de consequências para a economia global e levanta questionamentos sobre o futuro das relações comerciais entre os EUA e a China.